domingo, 30 de maio de 2021

Mitos Nórdicos

Asgard, o palácio dos deuses nórdicos.

 Os povos escandinavos como noruegueses, dinamarqueses, suecos, islandeses e finlandeses podem se gabar de terem uma mitologia de deuses tão amados como aqueles do panteão grego.

   Entre os inúmeros que possuem, reinam como soberanos e mais conhecidos: Odin, Thor e Freya.

   Odín é o grande chefe de Asgard, sua morada, que corresponde ao Olimpo de Zeus. De lá, ele faz uma vigia constante ao mundo dos homens, sendo considerado por estes como o Pai sagrado e supremo, que lhes proporciona curas e lhes designa e determina o momento da morte.

   Odin dá uma especial atenção aos heróis mortos em batalhas, esperando que venham ao seu encontro trazidos pelas Valquírias. Estas mulheres virgens e imortais, usando lanças e escudos, protegidas por armaduras, se encarregavam de levar tais guerreiros ao Valhala, o paraíso de Odin. Ali, lhes eram oferecidas danças sensuais e muito carinho feminino, como recompensa aos seus atos heroicos. Podemos encontrar os fatos destes heróis narrados nas sagas escandinavas.

   Para irem desde Asgard, a morada celeste, para o mundo dos homens, era necessário que os deuses atravessassem a Ponte Bifrost com suas escadas que são as belíssimas cores do Arco Iris, ligação entre céu e terra.

   Através de Bifrost, os deuses desciam para dar uma constante assistência aos mortais, segundo acreditavam os nórdicos. Os deuses costumavam vir regar a grande árvore plantada por Odin e junto a ela faziam seus planejamentos para o destino da humanidade. A imensa árvore é conhecida como a Iggdrasil. Ela tem as suas raízes em profundezas que imergem em rios e poços de água. Assim aguada, é a generosa alimentadora de todos os seres vivos e de toda a natureza terrestre. Sempre permanece viçosa, pois suas galhadas jamais envelhecem.

   Thor é o poderoso filho de Odin. Com seu machado ameaçador defende os deuses contra os Ogros, seres gigantescos e maléficos, enquanto protegem os Elfos, seres benéficos, um tipo de elementais, amigos dos homens.

   É Thor o deus de um dos mais fortes fenômenos celestes: O trovão. Muito previdente, nos anuncia momentos de tormentas e chuvas torrenciais.

Odin, o deus supremo do panteão nórdico.

   Freya que é a deusa nórdica do amor e da beleza, poderíamos compara-la à Afrodite dos gregos. Como deusa do amor protege os apaixonados, e os antigos escandinavos costumavam se agrupar para cantar canções de amor em sua homenagem. Em seus cultos lhe pediam que bem acolhesse as esposas fieis no seu pós morte. Pediam-lhe ainda para as viúvas uma especial graça: Que encontrassem também, nesta ocasião, seus falecidos e amados maridos.

   A própria energia dos deuses lhes advinha de um tipo de bebida que costumavam tomar: Uma espécie de leite que lhes fornecia a cabra de Odin, de nome Heidrum.

   À semelhança dos deuses tinham também os seus Oráculos. : As Runas. Na verdade, estas foram o seu primeiro alfabeto, mas ao mesmo tempo servia de um meio de se comunicarem com o transcendente, com o espiritual. Os Vikings as escreviam em ossos e costumavam usa-las como amuletos benfazejos.

   Quanto a sua escatologia, contavam temerosamente com um fim de mundo tais como algumas religiões atuais aguardam. Sendo que um dos males que ocasionariam tal fim viria de uma serpente mítica, muito temida, que se acreditava estar postada na profundeza de um poço d’agua, junto à árvore Iggdrasil. Esta roía constantemente a sua raiz, enfraquecendo pouco a pouco a vitalidade do mundo dos homens.

   Previam, entretanto, uma batalha entre o bem e o mal que chamavam de Ragnarok. Odin, seus filhos e mensageiros se preparavam militarmente para este grande confronto final, certos de sua vitória.

   A mitologia nórdica contou com grandes escritores que narraram lindas sagas e estórias. O mais conhecido em nosso meio é o dinamarquês Hans Cristian Anderson, especialista em literatura infantil. São célebres seus contos de fadas e pouco de nós, adultos, desconhecem “O Patinho Feio” e “O Soldadinho de Chumbo” que nos entretiveram encantados em nossa infância.

   Conhecer os mitos escandinavos é algo realmente imperdível.

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