terça-feira, 21 de agosto de 2018

Atlântida - Realidade ou Fábula?

Visão de uma Atlântida submersa.

De todos os locais misteriosos que levantam especulações, tais como Stonehenge, a pirâmide de Quéops e a Esfinge egípcia, as linhas peruanas de Nasca, Atlântida, sem ter deixado, como estes, vestígios visíveis, é certamente o que mais fascínio vem exercendo no imaginário dos povos.
   Muitos o vêm como um Éden perdido, dedicando-se até as incansáveis buscas para encontra-la ,outros a têm como um paraíso mítico, lendário.
   A divergência entre a realidade ou não de sua existência teve início desde que o filósofo grego Platão, no século IV AC., descreveu-a em sua obra Timeu e Crítias. Nesta obra ,em um diálogo, o personagem Crítias revela como num continente submerso , o seu povo conseguira um governo perfeito, harmonioso, tal como idealizado pelo próprio Platão em sua genial “República”, obra que fora recentemente terminada.
   O conhecimento de tal sociedade paradisíaca lhe teria sido revelado por Sólon, sábio grego, que por sua vez o obtivera de um sacerdote quando estivera no Egito.
   A exposição de tal sociedade foi feita na obra platônica com tais detalhes que levantou uma grande dúvida: Teria Platão desejado através de uma ficção, por à tona uma narrativa que ele realmente ouvira e dera crédito?
   A repercussão do escrito de Platão teve tal relevância na época, que tanto os seus seguidores platônicos como os aristotélicos entraram em acirradas disputas verbais, os primeiros optando pela veracidade do que fora narrado e os outros concluindo que Platão achara um bom tema que lhe resultaria num sucesso literário.
   Uma realidade histórica fluía das minúcias com que Platão descrevia aquele imenso território insular, localizado-dizia ele- além do estreito de Gibraltar, em pleno oceano Atlântico e que contava com cidades de mansões e templos revestidos de prata, ouro, cobre, e marfim.
   Além disso, Platão insere em textos de sua obra, que poderiam ter ficado apenas como ficcionais, afirmativas próprias de que tudo era realmente referência a fatos verdadeiros. Segundo o sacerdote egípcio informara a Sólon - dizia Platão - os egípcios guardavam em sua memória histórica, que retrocedia há nove mil anos, a lembrança de uma grande catástrofe diluviana, que pusera término a adiantada sociedade de Atlântida, levando seu continente a submergir no fundo das águas. Acrescentando ainda que isso se deveu a uma decadência moral, que levara os Atlantes sábios e virtuosos a uma arrogância onde se tornaram desejosos de estender seu poderio e dominar outras terras.
   No entanto, toda esta aparência verdadeira imprimida em seu relato, dava também margem às controvérsias, uma vez que Platão introduzia nele partes absolutamente míticas. Dizia que Atlas, o mais forte dos Titãs mitológicos, fora o responsável pela construção do imponente templo de Atlântida, erguido em homenagem a Poseidon. E, que este aliás ,foi quem escolhera gerar parte de sua descendência naquela região de Atlanta, na ocasião em que - segundo os mitos gregos - os três irmãos Zeus, Poseidon e Hades, dividiram o mundo entre si. Também atribui ao próprio Zeus castigar os desmandos dos Atlantes com a submersão de seu território.

Localização de uma presumível Atlântida.
   
Assim, Platão conseguiu levantar esta dúvida: Atlântida é realidade ou fábula?
   Modernamente, nos séculos XIX e XX, mitos defensores da veracidade de Atlântida surgiram para levantar apaixonadamente a questão. Todos ligados não à ciência, mas ao esoterismo. Tivemos a russa Blavatsky, famosa por sua obra ocultista “A Doutrina Secreta”. Nela, corrobora todo o relato platônico. Também o filósofo austríaco Rudolf Steiner, criador do movimento místico da Antroposofia e principalmente o trabalho detalhado sobre o continente submerso, de um agricultor americano Edgar Cayce que já granjeara projeção por seus notáveis poderes paranormais.
   Estes três estudiosos e mais uma quantidade imensa de escritos surgidos nestes séculos, levantaram novamente tal assunto.
   Quanto à posição científica, alguns sismólogos já se dedicaram e ainda se dedicam a uma busca mais direcionada para o relato do grande dilúvio. Porém, em sua grande maioria, os grupos científicos conservam-se céticos a respeito preferindo jogar a Atlântida para o terreno do imaginário, do mito.
   Sem dúvidas, pensar em Atlântida é por à tona uma questão milenar que continua fascinando muitos.

O Mito de Ganesha


Parvati, deusa indiana, era esposa de Shiva, mas cada um deles vivia em seu próprio palácio.
    Parvati possuía um Gana (espécie de anjo tutelar, gênio protetor, que a defendia de todos os males) Ele se chamava Ganesha.
    Shiva era um marido muito apaixonado e impaciente que, com frequência, invadia, sem a permissão da deusa, o seu castelo para vê-la, incomodando a privacidade de Parvati. O que a contrariava muito.
    Parvati encarregou então Ganesha de impedi-lo de entrar a não ser que ela própria chamasse Shiva.
    Shiva entrou então em luta aberta contra o Gana. Mesmo com a intervenção do Deus Brahma, ser supremo de extrema bondade, que tentava acalma-los, a luta cada vez se intensificou mais, resultando por Shiva cortar a cabeça de Ganesha, o degolando.
    Parvati ficou desesperada com a morte do seu gênio protetor. Shiva, por sua vez, sentiu-se muito arrependido por tê-la feito sofre tanto e foi pedir-lhe perdão. Ela porem, lhe exigiu: Só o perdoaria se ele ressuscitasse Ganesha.
   Contudo, o corpo do gênio não contava mais com a cabeça. Shiva então ordenou a um subordinado que lhe trouxesse a cabeça do primeiro ser que encontrasse. Este primeiro ser encontrado foi um elefante, e sua tromba foi colocada no morto e Shiva com o seu poder de um grande deus o ressuscitou. É por esta razão que Ganesha com sua cabeça de elefante é o Gana, o deus gênio, mais amado dos indianos.