segunda-feira, 11 de março de 2024

Símbolos nos Templos Cristãos

 Visitar templos cristãos é adentrar um manancial revelador da simbologia cristã, da vivência do Cristo e do desenvolvimento dos períodos históricos em que foram edificados.

    Aquilo que nos indica um de seus templos é a cruz que encima a sua construção. Ela logo nos relembra cada homem entrando na vida terrena, crucificado na matéria para vivenciar experiências de dualidades. Tentando harmonizar opostos como alegria e tristeza, amor e ódio etc. Simbolizados nos braços verticais e horizontais da cruz.

     A Cruz – diz Fulcanelli em sua bela obra “O mistério das catedrais” – é o crisol onde até o próprio Cristo sofreu sua Paixão. É enfim uma purgação onde renovamos sentimentos e evoluímos.

Bourbon Marie, o sino da catetral
de Notre-Dame consagrado à Virgem Maria.

Muitos templos destacam-se por possuir em seu adro um cruzeiro de pedra, mormente as construções franciscanas. O conjunto religioso de capela e monastério dos monges Cartuxos, nos Alpes de Chartreuse (França) num cruzeiro à sua frente, dá à sua cruz o simbolismo da permanência da mensagem crística, pelo que traz escrito nele: “Mudam e mudam os mundos, mas a cruz permanece sempre girando em direção aos céus”.

    O Sino é outro elemento importante na torre de igrejas e capelas. Ao soar, chama os cristãos para um contato entre o transcendente e o material. Chama o homem para que ouça a voz divina, a harmonia cósmica.  Hoje, o som dos sinos se perdem entre a selva de edifícios de uma metrópole.  Porém, nas pequenas comunidades ele faz também a função de unir seus habitantes, anunciando um novo nascimento, um enlace e um rompimento de morte.

    O Galo é também um símbolo cristão já usado, porém, dentro do paganismo. Neste, anunciava com seu canto matinal, a luz de Apolo, deus solar que chegava. No Cristianismo, ele é a presença da ressurreição, da vigilância e do chamamento. Enquanto o homem dorme (também espiritualmente) o galo vigia. Depois canta três vezes para acordá-lo.

Anuncia o surgir de um novo dia, chama o homem a um despertar, uma ressurreição.

    Já possuía um significado transcendente de vigia e chamamento ao tempo de Jesus. No Evangelho de São Marcos, este diz: ”Sê vigilante, pois nunca sabeis quando o vosso mestre virá vos chamar. Se será esta tarde, no meio da noite ou na madrugada quando o galo cantar”. Sobre a torre de uma igreja cristã ele é o emblema solar do Cristo, a chamar para a supremacia da luz sobre as trevas humanas.

    Labirintos são também priorizados nos solos dos templos cristãos. São círculos concêntricos que interrompidos em certos trajetos tornam difícil encontrar aquele que conduz ao seu centro. O seu ponto central simboliza o mais íntimo de cada homem, onde este pode encontrar sua própria divindade. Percorrendo os caminhos daqueles desenhos labirínticos vivemos sensações angustiantes de nos perdermos; de frustrações por crermos que jamais chegaremos ao centro, vamos enfim vivendo emoções que nos levam à interiorizações para nos conhecermos, vencermos nossos medos, para enfim atingirmos nosso próprio âmago. Uma verdadeira Iniciação.

Labirinto da catedral de Chartres.

    O símbolo do labirinto foi também consagrado desde os tempos mitológicos gregos. Lembremos a fortaleza de Creta onde, no mito, em seu centro tentávamos matar nossas inferioridades, nossos monstros internos, simbolizados no Minotauro que Teseu por fim matou para tornar-se um herói vencedor.

    Já também o mausoléu de Augusto em Roma fora construído na forma de um labirinto, talvez aproveitando a idéia grega de que, através de um labirinto, sua alma chegasse ao estado paradisíaco de vitória.

    A um cristão, além da busca por seu próprio âmago, o labirinto significava os difíceis caminhos das peregrinações, por onde alguém queria chegar a um local sagrado, a um local considerado um ônfalo, um centro do mundo.

    Quando as Cruzadas medievais do sec. XIII impossibilitaram as peregrinações à Jerusalém, então considerada um centro sagrado para o cristão europeu, este passou a usar os labirintos desenhados no chão das catedrais, em especial aquele da catedral francesa de Chartres. Neste imenso labirinto de duzentos metros, eram feitas então viagens simbólicas à cidade santa.

    Nos altares, ali estão também as Velas com sua simbologia de luz. Elas nos lembram um tempo em que, como primitivos tribais, dançávamos em redor de um fogo para homenagear o deus que era o sol, o fogo para os tribais. Hoje, o fogo de uma vela ainda representa o próprio Deus, um deus interno no qual nos movemos e existimos e a acendemos quando, num rito, queremos contatar e reverenciar o divino.

    O pelicano com sua lenda de que ao sentir que seus filhos estão famintos, rasga o peito com o bico para alimentá-los com o seu sangue, é o símbolo do sacrifício. Nenhum símbolo - pensam os cristãos- se ajusta tanto à figura do Cristo que como salvador sacrificou-se para ajudar a humanidade. Assim, em muitos templos cristãos em pinturas e esculturas o pelicano se faz presente. Quem visitar o deslumbrante esplendor da igreja de São Francisco na Bahia verá de tanto em tanto, em meio a sua ofuscante arte barroca, imagens de vários pelicanos negros.

    O Cristo é naturalmente o ser mais glorificado em seus templos. Já na parte externa das igrejas românicas e góticas, em seus tímpanos que sobrepõem suas portas principais, Ele aparece em seu papel de mestre instrutor, onde é chamado de “Cristo Pantacrator”. O Cristo traz sempre numa das mãos um livro, símbolo da instrução e com a outra mão nos abençoa com um mudra onde tem levantados os dedos indicador e médio.  Nesta concepção, o Cristo está sempre cercado pelos 4 animais do Apocalipse: o leão, o touro, a águia e o homem, identificados aos 4 evangelistas: São Marcos ao leão, São Lucas ao touro, São João à águia e Mateus ao homem. No início do cristianismo esses animais eram identificados apenas ao Cristo. Era dito que Ele viveu como um homem morreu como um touro imolado ergueu-se do túmulo com força de um leão e ascendeu aos céus como uma águia. Posteriormente, esses animais foram identificados às qualidades dos 4 evangelistas, sendo desde então requeridos aos discípulos de linha cristã que desenvolvam além da consciência do homem, a coragem do leão, a persistência do touro e o desejo de liberdade da águia. Em outras concepções do Cristo instrutor ele está apenas cercado pelos 4 evangelistas.

 Sua genealogia como descendente de Davi é expressa também em obras de arte que são as Árvores de Jessé, este pai de Davi, sempre principia a origem genealógica do Cristo, dando a Ele a sua realidade histórica. Assim, no belíssimo Pórtico da Glória da catedral de Compostela entre 200 esculturas de granito, aparece na parte inferior Jessé dormindo. Segue-se para cima o rei Davi, grande músico, tocando harpa. Depois a Virgem e finalmente o Cristo. No retábulo de ouro da catedral espanhola de Burgos, Jessé dorme enquanto de seu corpo partem galhos com as imagens dos ancestrais do Cristo. Aparecem ali em evidência São Joaquim e santa Ana, os avós do Cristo.

Cruzes das catedrais bizantinas da Rússia.

    A transfiguração do cristo é outro motivo para retábulos de ouro. Neles, o Cristo está sempre acompanhado de seus três discípulos: Pedro, Tiago e João. Conta-se que os três representam ali as três energias que o mestre havia desenvolvido neles: Pedro a obediência, Tiago a valentia e João o amor. Acima, o Cristo está sempre glorioso, de braços erguidos como se atendesse a um chamado espiritual.

    Algo que nos chama a atenção nos templos cristãos são as Virgens Negras. Quando o Cristianismo difundiu-se pela Europa, encontrou ali uma grande devoção à mãe terra do Paganismo. Proliferavam os locais onde se adorava aquela energia que, vista como saída dos minérios do interior da terra era idealizada como uma mulher de cor negra. Sobre estes locais, a Igreja colocou depois os grandes santuários à Virgem. Na França, as famosas Notre Dames. Aproveitava-se assim a grande força votiva existente naqueles locais e o hábito de neles a Virgem ser reverenciada. Porém, mesmo hoje em criptas subterrâneas e úmidas, que na Antiguidade eram subterrâneos considerados as moradas das deusas mães, encontramos hoje as chamadas pelo Cristianismo de “Virgens Parituras, isto é, relativas a uma terra primitiva, à  matéria  ainda não fecundada”. Bons exemplos são as da cripta da igreja de Chartres, também a Virgem negra da catedral de Le Puy  e ainda aquela da cripta de São Vitor em Marselha.

Na Provença encontramos uma grande veneração a uma Virgem negra. Esta, sem ligação com a mãe terra do Paganismo. Refere-se a uma serva negra que teria chegada ali com as três Marias que teriam vindo da Palestina após a morte de Jesus para pregarem a mensagem crística na França. Tais Marias deram o nome à cidade: Stas. Maries de La Mer. A serva negra tornou-se ali a grande devoção dos ciganos locais. Sua estátua, dentro da catedral sai dali anualmente apenas para ser reverenciada em grandes festejos e procissões.

    Momentos históricos diversos produzem estilos diversos em templos. Assim, na Idade Media tivemos o estilo Românico, fechado, pesado escuro, com poucas aberturas revelando um homem medieval oprimido, sem oportunidade ou capacidade para externar-se.  Tal estilo duraria até o sec.XIII quando então seria substituído pelo Gótico.

    O século XIII surgia com mudanças, com o homem tendo oportunidade de conhecer novos povos, novas mentalidades, despertando para a sua individualidade. Abria-se para novos mercados num renascimento de indústria e comércio. Assistia a difusão do ensino secundário, a abertura até de universidades, organizava então Ligas para defender seus direitos contra senhores e reis.

    Quando no século XIII dá-se o apogeu da literatura medieval, o homem passa a ver Deus como manifestação, abertura. Então, no estilo Gótico, o homem levanta os olhos para o alto, para as inúmeras torres pontiagudas das catedrais. A nova indústria de vitrais coloridos enfeitam as muitas janelas e rosetões das Góticas para deixar passar a luz. Deus é enfim Luz. Assim, temos entre inúmeros exemplos o templo gótico de Leon na Espanha que conta com 125 janelas de vitrais.  Um verdadeiro esplendor.

 “A palavra “Gótico” é explicada de duas maneiras: “Historiadores dizem ser um termo pejorativo que os arquitetos medievais deram ao novo estilo expandido na França,  termo originado de” Godos “, bárbaros franceses, visto então como um estilo de primitivos. Já os ocultistas medievais e também os atuais, explicam que o termo ”Gótico“ seria uma deformação linguística da palavra” argótico”. O argótico seria uma arte mágica. Ela define uma linguagem pela qual indivíduos comunicam seus pensamentos por símbolos, sem serem compreendidos pela maioria daqueles que os rodeiam. É enfim uma cabala simbólica. Hoje o ocultista diz de um homem astuto: Ele sabe tudo, entende o argótico. (Fulcanelli, El mistério de las catedrales, pág. 62).

    Muitos iniciados perseguidos como foi o caso dos Gnósticos e Cavaleiros Templários, estes financiadores dos templos góticos, junto aos maçons arquitetos, colocaram neles seus conhecimentos esotéricos através de simbologias que  apenas poucos entendiam.

   Temos como exemplo a estátua de um velho chamado “O Alquimista”, nas partes altas da Notre-Dame de Paris. Sua figura meditativa traz sobre a cabeça um gorro. Tal gorro é um sinal distintivo dos grandes Iniciados.  Foram usados também como talismã protetor pelos “sans culottes”, revolucionários franceses. Só poucos vêm nele a figura de um discípulo do caminho iniciatório. È ainda Fulcanelli na mesma obra já citada acima quem nos relata.

    Os templos medievais invariavelmente têm o seu altar-mor no Oriente, onde nasce o sol, de forma que os fieis ao entrarem neles façam frente à Palestina, onde nasceu o Cristo. Por esta disposição o grande rozetão da fachada principal é iluminado pelo sol poente, de maneira que o fiel que adentra aquelas catedrais  saiam das trevas indo em direção à luz, ao próprio Cristo, fazendo junto ao sol um renascimento.


domingo, 11 de fevereiro de 2024

Sobre o Bramanismo (O Moderno Hinduísmo)

 Temos no Bramanismo a única religião sem fundador. Pela mesma época da civilização egípcia, lá por uns 5 mil anos atrás, vivia no vale na índia do rio hindu ,na Índia, uma civilização chamada Draviniana. Ali se encontra um dos sítios arqueológicos mais antigos: o Mohenjo Daro. Era uma civilização de pele escura. Foram invadidos por um grupo de Arianos conduzidos pelo Avatar Rama. Vinham da Europa (provavelmente dos Balcãs) eram então os arianos indo-europeus. Misturando-se aos dravinianos, emprestaram aos indianos aquela cor azeitonada, bonita, que têm. Os arianos chegados eram um povo guerreiro, ativo, de civilização mais adiantada.

  A região do rio Hindo era fértil e o povo otimista, alegre, sua filosofia religiosa nada tinha de determinismo, do pessimismo, das figuras macilentas e esquálidas dos yogas bramânicos que vêm depois. Os trabalhos arqueológicos nos dizem que não eram tribais, mas que os arianos edificaram ali boas cidades. Sua língua era o sânscrito.

  Pela vinda dos arianos surge ali a maior epopeia já escrita: Os Vedas. Até hoje o livro sagrado por excelência do Bramanismo. Os Vedas é tão grande quanto a Ilíada e a Odisseia juntas. Tem 20.000 versos duplos. Esta obra surge no ano 1000 A.C.

  Os bramânicos eram e ainda são politeístas. Todas as tentativas de levar os indianos ao monoteísmo tem sido infrutíferas. Eles têm centenas de deuses. Os deuses mais adorados do período védico eram Indra (deus dos raios e trovões), Agny (deus do fogo), Soma (deus da bebida sagrada) Varuna( deus da ética, do bem e do mal) e Ushas (deusa da madrugada). Em homenagem à Ushas são os mais belos versos dos Vedas.

  Três teorias tentam explicar o porquê das características que entram depois  na visão religiosa bramânica: O fatalismo, a negação à vida material e o determinismo cármico. 1º: a mudança deste grupo para virem habitar as margens do rio Ganges, uma região árida, onde a sobrevivência tornou-se muito difícil. 2°: o poder dos sacerdotes que eram os entendidos das fórmulas mágicas, que eram necessários para pedir aos deuses melhores condições de vida. 3º: ´É uma resistência dos Arianos de se misturarem com as classes mais baixas, de pele escura dos dravinianos a quem tinham dominado e tornado seus servos.

  Nasce neste período, após o Védico, o sistema de castas, uma palavra sânscrita que quer dizer: cor. Ficaram assim divididos: Brâmanes (os sacerdotes), Xatrias (os guerreiros), Vaisias (os artífices), Sudras (Servos), e Parias (Intocáveis).

  O rigor dos sacerdotes bramânicos era tanto que os Vedas, seu livro sagrado, só era acessível às três primeiras classes. Se um servo ou um pária ouvisse um trecho dos Vedas lhe era derramado azeite quente em seu ouvido. O determinismo cármico, por sua vez, prendia e prende até hoje o pária à sua condição. Se você nasce pária, assim quis o destino, deverá permanecer pária.

  A casta é diferente da nossa classe social. Nesta, você pode nascer de uma classe humilde e ascender à outra condição social. A casta lhe recusa  esta chance. Até hoje ninguém bebe na mesma taça de um pária nem passa pela sua sombra sob o perigo de ficar impuro.

   Surgiu também após o período védico a doutrina da transmigração das almas ou metempsicose, ligada a um carma determinista. Na transmigração, um homem pode retornar em outras formas de vida. Pode voltar como uma minhoca, uma aranha, uma formiga, etc.

  Muitos modernos Hinduístas (substitutos dos brâmanes) não aceitam a transmigração e falam em reencarnações onde um homem retorna apenas como homem. Esta é a maneira que nós ocidentais adeptos da teoria da evolução vermos a única maneira de um homem retornar.

  A lei da reencarnação está ligada à lei do carma e é o carma que acorrenta o homem à roda da vida. Se um brâmane da casta mais beneficiada comete muitos erros nesta vida pode tornar como um intocável.  O fatalismo, a negação à vida do tempo pós-védico ainda é encontrado no Hinduísmo moderno. Lembremos que é uma religião onde encontramos os conceitos filosóficos mais profundos e encontramos também as práticas rituais mais abomináveis, as superstições mais primitivas, flagelos horríveis. Os sacrifícios sangrentos, flagelos, vieram a ser abolidos quando surgiram as três grandes reações ao elitismo bramânico : O Teísmo, o Budismo e o Jainismo.

  No Teísmo, Brahma aparece com três qualidades: O Deus criador, o preservador e o destruidor. È a trindade bramânica: Brahma, Vishinu e Shiva. No desenvolvimento teísta o homem atinge a perfeição através da devoção, da Backti. Surgem os Avatares de Vishnu. Vishnu tem 10 Avatares. Um deles é Rama, o condutor do povo ariano e outro é Krishna. Quanto ao Budismo é a grande religião do conhecimento, da obediência a princípios divinos.

    Outra reação foi o Jainismo A doutrina da não violência, a doutrina adotada por Gandhi. Com ela, Gandhi provou vencer uma nação pela não violência.

  Do Bramanismo antigo vieram as grandes filosofias da Yoga (Karma, Raja, Ynana, Bakty e Vedanta). A Hatha é a preparação física. A Raja é a do controle mental, A Ynana a da sabedoria, A Karma a da ação, A Bakty a da devoção . Na Vedanta não existe a existência individual, um ser individual. O que existe é apenas o Todo. A frase que expressa este pensamento é “Tu és Isto”.

   A cosmovisão de todas as filosofias bramânicas é cíclica. Na teoria dos ciclos cósmicos passamos por 4 idades ou 4 yugas (Idade de ouro, idade de prata, idade de bronze, Idade de ferro.) Esta última é chamada de Kali Yuga, o ciclo em que agora estamos, que é uma idade sombria, de sofrimentos. Porém, depois virá novamente a Idade de Ouro.

   A matéria é muito estudada em suas qualidades de Satwa, Rajas e Tamas.  Do Bramanismo nos vem também os quatro estágios da vida de um homem: Estudante, pai de família, eremita e asceta.

  Nós, ocidentais, estranhamos que um homem largue a família para fazer seu preparo espiritual, para um indiano hinduísta isto é perfeitamente normal. O Eremita geralmente vai em busca de um mestre . O asceta é aquele que renunciou ao mundo. O ascetismo é considerado o mais elevado ideal da vida religiosa.

  Os livros sagrados do bramanismo são; os Vedas- os Brâmanes- Aranyaka - Upanishadas. As obras épicas são: O Ramayana (a história de Rama) e o Bagavagitã (A canção do Senhor), que faz parte do Mahabarata onde é contada a história de Krishna.

  A energia feminina é muito importante no Bramanismo. A mãe de todos os deuses é Adite.  Todos os deuses têm a sua consorte: as Shaktis. A esposa de Rama é Sita, de Vishnu é Lakshmi, de Shiva é Kali , de Krishna é Radha.

  Sua cidade sagrada é Benares, hoje chamada Varanasi, as margens do rio Ganges.

A característica principal do Hinduísmo é a tolerância, a convivência pacífica com as muitas seitas, filosofias e deuses que existem na Índia.


domingo, 28 de janeiro de 2024

Ritual ao País

Oração da unidade. Ó grande força do altíssimo, perante o altar da tua divindade viemos trazer-te as melhores oferendas da nossa devoção Que tudo quanto aqui dissermos, sentirmos, e pensarmos sejam apenas para engrandecer o Teu nome dar maior beleza e dignidade às Tuas criaturas. Estai em nossos pensamentos e sabeis: Queremos hoje obter as Tuas energias santificadas para este país que pelos homens recebeu o nome de Brasil. Esteja conosco o’ Altíssimo neste trabalho.

Catedral Metropolitana de Brasília.

   Consagramos agora estas chamas, representativas das cores de nosso pais a vós veladores silenciosos, guardiões de seu plano divino

   Veladores dos planos brasileiros, nós vos pedimos; Enquanto a cera impura destas velas vai se derretendo ao calor deste fogo, assim sejam também derretidas as energias mal usadas pela coletividade brasileira quando sobre ela brilhar a luz de seu fogo sagrado.

   Fixemos agora a atenção nesta estampa da representação da catedral de Brasília (Pausa grande). Fechemos agora os olhos e levemos a nossa consciência até esta igreja que brilha, pintada de branco sobre um gramado verde. O céu sobre ela é de um azul forte e a cruz que a encima e de um refulgente metal dourado. Verde amarelo azul e branco , as cores da pátria Brasil. Que esta catedral seja ali um foco de luz a irradiar-se por toda a cidade de Brasília. Deixemos a alquimia divina destas cores ,processando-se e vamos levantar os nossos braços em forma de taça. Todos nós somos um graal recebedor. Agora vejamos penetrar em nossa taça a luz verde da verdade. Vemos entrar agora nela a luz dourada do discernimento. Agora vemos ainda entrar em nossa taça a luz azul de um poder santificado. Agora vemos ainda entrar em nossa taça a luz branca cristalina da pureza de propósito.

   Abaixemos então os nossos braços Num oferenda de nosso grupo, pedimos que o conteúdo de nossas taças seja derramado sobre a cidade de Brasília, sede e coração administrativo de nosso país.

   Votemos a nossa consciência à nossa sala para fazermos juntos a forma pensamento da pomba da paz em benefício do povo brasileiro.

   Abram os olhos e vejam o mapa do Brasil. Vamos imaginar uma pomba branca pousada sobre o altar Ela traz no bico ramos de oliveira. Ela será uma forma pensamento e assim não existem obstáculos físicos a ela. Impulsionada por nossa vontade, ela irá levantar vôo e percorrer com a velocidade das ondas do pensamento, os estados brasileiros, largando neles os ramos de oliveiras símbolo da paz e volta aqui ao altar. Vamos então segui-la mentalmente lembrando o mapa brasileiro.

   Visualizamos uma pomba branca sobre o altar. Ela traz em seu bico ramos de oliveira. Agora ela sai voando passa agora sobre o Rio Grande do Sul larga um ramo. Sobre Santa Catarina larga um ramo. Está agora sobre o Paraná deixa um ramo. Sobrevoa São Paulo,Rio de janeiro, Minas gerais Espírito Santo, Bahia e segue para o norte sempre largando em cada uma o seu ramo. Sobrevoa Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, RG.do Norte. Sobrevoa agora Ceará, Piauí , Maranhão Pará. Após largar seus ramos nestes estados a pomba está sobre Amapá ,Roraima e sobrevoa Amazonas. Larga ramos. Desce agora em retorno passando pelo Acre, Rondônia, Mato Grosso do Norte, depois Mato Grosso do Sul ,Tocantins e finalmente está sobre Goiás larga um ramo e rapidamente retorna ao RG do Sul e pousa sobre o nosso altar.

   Agradecemos esta forma pensamento criada pelo Maha Choan, que usamos em favor de energias de paz que venham abençoar o nosso país.


segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Meditações

Proteção da casa: Visualizar na entrada da casa um anjo vestido de branco oferecendo um lírio de paz e ascensão para quem chegar a ela.

Harmonização de duas pessoas: Visualizar um triangulo pondo no vértice o mestre Jesus ,noutra ponta uma das  pessoas ,na outra ponta a outra pessoa e ver sair do coração de Jesus um jato de luz rubi tocando as duas pontas do triângulo e unindo  depois ambas as pessoas ao fechar o triângulo.

Para a própria harmonia e tranquilidade: Visualizar em seu próprio coração a miniatura de um bebê dourado irradiando luz dourada.

Para uma pessoa doente: Visualizar a pessoa sadia alegre e risonha.

Para o nosso país: (pomba da paz) Visualizar o mapa brasileiro. Depois, ver uma pomba com um ramo de oliveira no bico. Esta vai largando dele uma folhinhas no seu território, desde o sul , centro e até o norte, percorrendo o país inteiro.


segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Palavras e Frases Religiosas e seus Significados Esotéricos

Oróboros.

CATÁBASE - Rito usado nas “Escolas de Mistérios Iniciatórios” onde o iniciado “descia aos infernos”, isto é: ao seu próprio inferno interior para eliminar as negatividades que ainda existisse no âmago de seu ser.

SEGUNDO NASCIMENTO - Estado em que ficava um iniciado após prolongados testes iniciatórios, atingindo uma ressurreição de consciência.

O FRUTO DO BEM E DO MAL – A maçã. Contem em seu interior um pentagrama. Tê-la em mãos, após iniciações, era receber o símbolo do homem perfeito.

LIBAÇÃO – Jogar na terra o restante de uma bebida ingerida, querendo dizer ao solo; “eis aqui Mãe terra o que consegui fazer com a riqueza que me destes”. Na Afro Brasileira este rito é chamado de “dar bebida ao santo”.

MÔNADA- A centelha divina, em nós. A primeira unidade de consciência colocada num ser. Fagulha que incorpora formas do reino mineral, vegetal, animal e humano num processo de involução, para depois retornar numa subida evolutiva, atingindo novamente a unidade.

O ANCIÃO DE UMA FACE SÓ - Representação de Deus, segundo antigos rabinos e filósofos caldeus. Teoria pela qual de Deus só vemos uma face apenas.

FILHO UNIGÊNITO - Primeiro átomo nascido num indivíduo, chamado de “átomo crístico” e trás em si o nosso modelo de perfeição. Quando um iniciado era considerado perfeito recebia o título de “Cristos” ou “filho unigênito” isto é: o primeiro nascido. A Igreja chama Jesus de unigênito porque recebeu este título.

Cordão de prata.

ABLUÇÃO-Ato de lavar-se antes de praticar um rito ou entrar num local santo. Podendo ser a lavagem apenas dos pés, ou das mãos, ou do corpo todo.

ORÓBORO – Representa a volta de um ser à sua origem divina, simbolizada numa serpente que morde a sua própria cauda. Simboliza a unidade final entre Deus e o homem.

CARMA - Efeito de um ação ou de uma soma total de ações passadas.

SAMADHI – O êxtase total de consciência que um místico pode atingir durante uma prática da meditação.

ÁRVORES DE JESSÉ A genealogia do Cristo a partir de seu ancestral Jessé pai de Davi.

CHACRA – Palavra sânscrita que significa roda. Centros energéticos que vitalizam nossos corpos.

NIRVANA – A bem-aventurança total atingida pela eliminação de todos os erros quando alguém chega ao estado de Buda.

RELIGARE- Origem da palavra “religião”. União com o Sagrado.

ASCENSÃO – Estado atingido por indivíduos muito evoluídos que, tornando-se mestres espirituais, são chamados de Iluminados ou Ascensionados.

GUNAS – As três qualidades da matéria, isto é: energias que estão por trás de todos os nossos atos materiais. Em sânscrito são chamadas de Tamas, Satwa e Rajas.

MONTES SAGRADOS - Locais montanhosos onde se desenrolaram episódios religiosos ou milagrosos. São eles: Ararat, Moriá, Sinai, Carmelo, Tabor, Gólgota e Oliveiras.

ECTOPLASMA – Energia vinda do corpo vital (etérico) que propicia fenômenos de materializações.

BODISATWAS - Seres ascensionados ou Avatares que se dedicam a reforma espiritual dos homens. Muito citados no Budismo Mahayana.

CONSAGRAÇÃO – Transmissão de energias sagradas a objetos, através de ritos, objetos que servirão de defesa e proteção a necessitados, como se fazia na sagração das armas e utensílios dos cavaleiros medievais.

DHARMA _ Lei espiritual. Força que nos chama a cumprir as vontades divinas e que entram em confronto com nossos desejos materiais.

CORDÃO DE PRATA _ Fia de luz que liga o Eu Real ao Eu inferior a partir do chacra pituitário. É também conhecido como “Fio Aka”.

ALGÒIDES – Aura humana original ainda não trabalhada, também chamada de “Ovo Áurico”. Quando já trabalhada, torna-se o chamado “Momentum”. Reserva colorida de conhecimentos internos que podemos ascensar em  necessidades.

SHAMBALA – Local místico situado ,segundo a mitologia budista, nas redondezas do Tibete, frequentado por homens muito evoluídos que preparam ali um futuro reino universal de muita paz e bem-aventurança.

Shambala, lugar de paz, lugar de silêncio.

ÁGUA BENTA  - Água santificada por energias divinas, usadas em várias religiões. A Igreja a usa em ritos batismais e em pias de abluções manuais na entrada de seus templos. No Candomblé, é chamada de “água de Oxalá” com a qual se lavam pedras e fazem ritos purificadores. Na Índia é chamada de Prakti, a raiz da vida.

HIPERBÓREOS – Segundo a mitologia grega ,uma terra paradisíaca situada além dos gelados ventos boreais , onde viviam homens de grande sabedoria.

OLHO QUE TUDO VÊ – A visão superior que ultrapassa tempo e espaço. Símbolo da clarividência também chamado de “Terceira Visão”. Na Índia o chamam de “Olho de Shiva”.

SABÁ – Ritual onde se reuniam feiticeiras na noite de sábado, liderado pela presença diabólica de um bode negro.

SARÇA ARDENTE – A manifestação de Deus em um determinado local em forma de fogo, apenas vista por um iluminado, como foi o caso de Moisés no Monte Sinai.

ZUMBI – Superstição de um fantasma que, segundo a afro brasileira e as crenças haitianas, vaga sem rumo, durante as noites, por locais ermos.

CURUPIRA -. Entidade que tem os pés virados às avessas, e amedronta os homens amazônicos por seus assobios estridentes, mas que é um grande protetor da floresta.

CAMARINHA – Local fechado onde ficam isoladas iniciantes religiosas durante seu aprendizado, seja na Afro Brasileira, seja em outros ritos.

RESSURREIÇÃO – Termo muito contravertido. É visto tanto como um ressurgimento não só do espírito, mas também do corpo, como apenas uma ressurreição de consciência.

HIDROMEL – Mistura de água e mel, tanto para o antigos Celtas como para tribos africanas é visto como a bebida dos deuses. Seu uso leva à participação nos conhecimentos divinos.


domingo, 10 de setembro de 2023

Os Três Reinos

Elemental - Angélico - Humano

O reino Elemental é dividido em: 1ª essência Elemental, 2ª essência Elemental, 3ª essência Elemental, Elementais naturais e Elementais Artificiais. O reino Angélico divide-se em: Anjos, Devas, e Seres da Natureza. O reino humano contem todos os três reinos.

A Essência Elemental é aquela que estrutura as formas dos homens da natureza e do universo. Passa por uma evolução onde é 1ª, 2ª e 3ª essência. Essa essência por coesão, por agregação, molda a forma humana que subsiste por algum tempo para depois se dispersar (pela morte)

 A essência, porém é eterna e ao dispersar formas vai formar outros corpos. A 3º essência é a que se encontra em estado mais evoluído. Ela sempre submete a 1º essência à ideia de manter a forma corporal física Exemplificando:Se ferimos uma perna, esta essência Elemental física tentará cicatrizar o local atingido, seguindo sempre  aquela ideia de conservar a integridade da forma. Na hora da morte enquanto a 3º essência luta para conservar a forma viva, a 2º essência chamada também de Elemental do Desejo tenta manter a fora viva através de emoções de seu corpo astral depois da morte a forma física fenece, mas a forma e a essência astral mais sutil permanecem. Depois da  chamada 2º morte,  a 3º essência  dará ao ser uma forma ainda mais sutil.

Aelo, deus grego dos ventos.

    Entre os elementos que estruturam a matéria do nosso habitat terreno e a de nossos corpos contamos com o que chamamos de Elementos Naturais: fogo, água, ar e terra. Segundo a Astrologia, os signos em que alguém nasce, trazem-lhe a predominância de um destes elementos naturais.

Nos signos de Áries, Leão e Sagitário predomina o elemento fogo. Nos de Libra, Aquário e Gêmeos o elemento Ar, Nos de Capricórnio, Touro e Virgem os da terra. Nos de Câncer, Escorpião e Peixes predomina o elemento água.

    Os gregos antigos representavam a força dos elementos naturais em seus deuses. Vulcano comandava o fogo. Era o deus forjador. Com o fogo ele forjou as primeiras ferramentas para a agricultura, também os elmos e os escudos protetores dos guerreiros. Géia era a terra, o poder receptivo feminino que recebe em seu seio os outros elementos. Está sempre a espera de uma semente para desenvolver. Netuno era o deus do elemento água, responsável por umedecer a terra. Comanda os rios, as correntezas que vão encher o mar, os vapores saídos das águas que sobem aos céus e descem em forma de chuvas. Quando é necessário, Netuno finca o seu tridente no fundo do mar e faz vir dilúvios. Aelo era o deus do elemento ar. Tem o papel fecundante de transportar o pólen. Muitas plantas nascem porque Aelo leva-lhes sementes. No mito Aelo encarcerava os ventos, seus súditos, em cavernas. Então, eles uivavam desesperados para se soltarem. Era a explicação mitológica para o rugido dos ventos. Quando Aelo queria castigar os homens, solta os ventos e eles correm enlouquecidos arrasando tudo o que encontra. Foi ele que sugeriu aos homens a criação da vela de embarcações para as antigas navegações que seus súditos os ventos acionavam.

    Também a mitologia Afro possui seus orixás que comandam os elementos da natureza. Temos nela Ogum que burila a potência do fogo. É o protetor dos ferreiros. Com o fogo forjou os sete instrumentos com os quais ajuda os homens a vencer as sete forças do mal. Forjou também instrumentos bélicos de defesa. Yemanjá, Nanã e Oxum são os orixás das águas. Yemanjá cuida do mar, das Ondinas. Nanã umedece a terra com a chuva e Oxum é o espírito das águas doces, rios, lagos e cachoeiras. Oxóssi é o elemento terra, espírito das matas dos bosques e é ajudado por Xangô a força dos minérios, das pedras. O espírito do ar é Iansã. Ela comanda os ventos, as tempestades. É responsável por mudanças climáticas bruscas. Assimilada pelos homens, esta força é tão forte que gera paixões violentas.

Oxóssi, deus Yorubano das florestas.

     A flor de lótus que tem sua raiz sob a terra passa parte de seu caule na água, outra dele no ar e desabrocha sua flor ao calor do fogo solar, é o grande símbolo dos quatro elementos.

    A natureza é um grande manancial de energia entre nós. Podemos nos abastecer na natureza por esta energia desprendida pelos elementos. Os elementais do fogo sempre nos fortificarão o espírito, o sangue que é a nossa seiva vital ligada ao espírito. Veja bem que a força do fogo do calor

É tão potente para o nosso sangue que se expusermos demasiadamente a cabeça ao sol chamando o fluxo sanguíneo à ela, como é o caso de alguns homens que cruzam o deserto, nos acontece o delírio, as chamadas “miragens do deserto”. Para as inspirações poéticas sempre usamos o sol através de sua imagem intermediária ,a lua.Ela nos dará a medida certa para as inspirações mas sempre é a força solar que estará por trás nos inspirando. Os elementos do ar fortalece nossa mente, à aprendizagem. Então, as montanhas expostas ao vento, as planícies muito abertas, uma praia ventosa nos favorece a criação porque inalando seu ar puro, favorecemos a meditação que, acalmando a mente, nos leva à criação. Os elementos da água atuam em nossas emoções. Junto à nascentes, rios, córregos, cachoeiras, robustecemos nossos sentimentos de esperança, coragem, paz etc. Os elementos da terra fortificam nosso corpo físico, nossa capacidade de trabalho. Encontraremos tal elemento num contato direto com o solo, em cavernas, grutas, pedras, cristais, bosques etc.

    Como o homem possui uma parte mental criativa ele é também um construtor. Ele idealiza formas. Como ser mais evoluído que é, o homem manipula com sua mente a Essência Elemental criando formas-pensamentos que podem ter duração muito fugazes ou também duradouras, dependendo do quanto o homem mantenha sua força mental sobre elas. Tais formas duradouras, mas que não são eternas,  chamam-se então Elementais Artificiais ,uma vez que se a concentração mental sobre elas pararem, elas se desintegram.Seres elementais seriam então os silfos, as fadas,os deuses  gregos e afros .Seres que vivem enquanto os homens pensarem neles.

Zodíaco astrológico.

    Já a revelação do mundo dos anjos nos expande a consciência para as dimensões super-físicas nos fazem descobrir um existir de mensageiros divinos tão real como o nosso . Mensageiros que vivem entre nós com suas energias sutis e formas diáfanas invisíveis aos nossos olhos. O significado grego e hebraico da palavra anjo é Mensageiro.São eles as forças intermediárias entre criador e criatura, entre universo e habitat humano.São os impulsionadores dos ciclos geológicos, raciais e culturais.

   A realidade do existir dos anjos ainda é pouco percebida por nós.Porque apenas as nossas consciências físicas, emocionais e mentais concretas estão desenvolvidas,nossa consciência mental abstrata, espiritual é ainda muito tênue,pouco profunda.Porém à medida que a nossa espiritualidade vier a crescer,iremos aos abrindo pouco a pouco, como flores que desabrocham,para percebimentos maiores. Então, futuramente, nos igualaremos aqueles sensitivos do Velho e do Novo testamento também ao profeta do Alcorão, que tiveram intercâmbio direto, para eles indubitável com o mundo angélico. Das revelações dos profetas, uma certeza nos ficou: que suas previsões que ultrapassam o raciocínio, mormente em se tratando de homens de eras tão arcaicas, só podem ter justificativas numa consciência intuitiva .Para os estudiosos de suas épocas o céu sobre as suas cabeças era nada mais do que uma abóboda fechada onde pontos luminosos estavam colados. Esta abóboda era o seu limite. Suas previsões foram alem da capacidade racional do seu tempo,. Não podemos por em dúvida de que existia neles uma intuição verdadeira para as previsões feitas, que vieram realmente a acontecer .Porque então não lhes dar crédito quando citam a existência de anjos?

    Intuitivos das tradições de vários povos que os seguiram colocam os anjos atuando em vários setores do desenvolvimento humano. Assim, teríamos: Anjos raciais, anjos guardiãs. Anjos da cura, da música do cerimonial e da natureza.  Os anjos da natureza são as energias que dirigem os chamados seres da natureza. São ligados aos quatro elementos naturais,fogo, ar água e terra.  Assim teríamos as Salamandras , pequeninas consciências que habitam o elemento fogo, as Sílfides,do ar que o habitam, as Ondinas que pertencem á água e os Gnomos que habitam o elemento terra.

    Tais consciências emitem ondas vibracionais e como o homem possui também dentro de si os quatro elementos naturais ele pode entrar em contato com os seres da natureza. É por este intercâmbio que magos conseguem produzir fenômenos como desviar chuvas, baixar neblinas como é contado que os antigos Druidas faziam; acalmar águas revoltas e até caminhar sobre elas como nos é descrito o domínio que Jesus possuía sobre o elemento água. 


segunda-feira, 17 de julho de 2023

Trindade

 

Trimurti, a Sagrada Trindade indiana.

A TRINDADE É O MAIS IMPORTANTE DOS PRINCÍPIOS DIVINOS. O MAIS OBVIO E EXPLÍCITO DELES .REFERE-SE AO ININTERRUPTO CICLO DE VIDA DO NASCER ,PERMANECER E MORRER CRIAR, MANTER E DESTRUIR.                                                                                                                      FOI SEMPRE ACATADO E PERSONALIZADO EM DEUSES, DESDE AS CIVILIZAÇÕES MAIS ANTIGAS.       TIVEMOS NO EGITO A TRÍADE DE OSÍRIS, ÍSIS E HÓRUS.     O CULTO DESSES TRÊS DEUSES TEVE MUITO APOIO A PARTIR DE 1900 AC.                                                                                                   NA RELIGIOSIDADE INDIANA O CULTO DESSE PRINCÍPIO FOI PERSONALIZADO EM BRAMA, VISHNU E SHIVA.   BRAMA SENDO O DEUS CRIADOR DO UNIVERSO E DE TODOS OS SERES VIVENTES.    VISHNU É A PRÓPRIA EXISTÊNCIA, A MANIFESTAÇÃO DA VIDA.     JÁ SHIVA, NO LINGUAJAR MUITO LÍRICO DO HINDUÍSMO, É “A FORÇA QUE FAZ A FOLHA CAIR”. È ASSIM, A PRÓPRIA DESTRUIÇÃO PARA QUE O CICLO DA VIDA RETORNE NUM RENASCIMENTO.           ESTE CICLO CONSTANTE APARECE NÃO SÓ NO SER HUMANO (NASCER, CRESCER E MORRER) COMO NO MUNDO EXTERNO, NA NATUREZA. NA PRIMAVERA A NATUREZA DESPERTA E APÓS AS BELAS CORES DO OUTONO, DESCANSA NO INVERNO E APÓS ESTA APARENTE MORTE, FAZ NOVO RENASCER.                                                                                                                                         A SEGUNDA PESSOA DA TRINDADE HINDU, VISHNU, È O FILHO QUE DESCE NA FIGURA DO AVATAR (DESCIDA) PARA SALVAR O MUNDO DANDO-LHE ORIENTAÇÕES.  ESSA DIVINDADE ASSUME DE TANTO EM TANTO A FORMA HUMANA OU ANIMAL. A TRADIÇÃO INDIANA DIZ QUE FORAM JÀ NOVE AS FORMAS JÀ ASSUMIDAS POR VISHNU, SENDO KRISNHA O AVATAR EM FORMA HUMANA DE VISHNU.   UMA DA MAIS ATUANTES SEITAS DOS ESTADOS UNIDOS É A HARE KRISNA, CUJA SEDE CENTRAL É EM NOVA YORK. OS CHAMADOS HARE KRISHNAS SÃO BEM CONHECIDOS PELOS TOQUES DE SEUS CÍMBALOS E TAMBORES. AGEM TAMBÉM NUM BELO TRABALHO CONTRA DROGAS ATINGINDO A RECUPERAÇÃO DE MUITOS VICIADOS.       SEGUNDO O CRISTIANISMO, DEUS SE REVELA POR MEIO DE TRÊS PESSOAS DISTINTAS: O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO (CORRESPONDENDO RESPECTIVAMENTE A BRAHMA, VISHNU E SHIVA NA RELIGIÃO INDIANA).

Pai, Filho e Espírito Santo, a Sagrada Trindade Cristã. 

O PAI É A VONTADE CRIADORA. O FILHO É DEUS CRUCIFICADO NA MATÉRIA E AQUELE QUE FAZ MANIFESTAÇÕES PELO PODER DE SUA MENTE É O ESPÍRITO SANTO.                                        O ESPÍRITO SANTO FOI UMA REALIDADE MUITO CONSTANTE NA VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS. PEDIAM A ELE CONSELHOS SOBRE TODAS AS QUESTÕES. O CRISTO AFIRMOU A SEUS DISCÍPULOS QUE NÃO OS DEIXARIA ABANDONADOS, QUE LHES ENVIARIA UM CONSOLADOR QUE, COMO ESPÍRITO SANTO ,DESCERIA EM TODOS QUE O SOLICITASSEM. NA VERDADE, AINDA HOJE, MUITAS ESCOLAS RELIGIOSAS FAZEM CONTATOS COM OS DONS DO ESPÍRITO SANTO (CURAS, EXPULSÃO DE ENTIDADES MALÍGNAS, E AINDA, COMO ERA NA ANTIGUIDADE, ATRAVÉS DO RARO DOM DO POLIGLOTISMO (FALAR EM LÍNGUAS DIVERSAS)). A PATERNIDADE DE DEUS FOI ESSENCIAL PARA O CRISTIANISMO QUANDO ESTE ENTROU NA SOCIEDADE ROMANA, IGUALANDO OS HOMENS, QUE ERAM TODOS FILHOS DE DEUS.                                                                                                       NA IDADE MÉDIA, CONTUDO, O DEUS FILHO, NA FIGURA DE JESUS, INSPIRAVA UMA VIDA PROFUNDAMENTE DEVOTA. ATUALMENTE È DITO QUE ESTAMOS NA ERA DO ESPÍRITO SANTO. EXPLORAMOS O MUNDO EXTERNO CONQUISTANDO-O, ACEITANDO COM ÊXITO TEORIAS COMO A DA RELATIVIDADE, AS DESCOBERTAS DA GENÉTICA, DAS CIÊNCIAS FÍSICAS, ASTRONÔMICAS E BIOLOGIAS. TUDO ISTO MANIFESTAÇÕES DO PODER DO ESPIRITO SANTO.

                                                       CONSCIENTEMENTE, PELO PRINCÍPIO DA TRINDADE, NOS SENTIMOS SEGUROS DA NOSSA ETERNIDADE, GARANTIDOS QUE ESTAMOS PELO CONSTANTE RENOVAR DOS CICLOS DE VIDA.