sábado, 27 de maio de 2017

A Evolução Angélica

Anjo transfigurado em nuvem...

 A ideia de anjos foi muito comum na Antiguidade, mas atualmente quase desapareceu. A Teurgia, que é a comunicação entre homens e anjos enfraqueceu-se e conserva-se apenas nas tradições religiosas e para a maioria das pessoas a ideia de anjos não passa de uma fantasia. Explica-nos Geoffrey Hudson, grande escritor espiritualista, que a quinta raça ariana (a nossa) veio com a finalidade de desenvolver a mente concreta, aquela que gera a tecnologia, importante ao progresso da humanidade. A mente da nossa raça se fortificou se materializou muito e o percebimento de anjos, que é relativo ao nosso corpo emocional, quase desapareceu.
Arcanjo Gabriel na anunciação à Virgem Maria.
  Na Teurgia, nossa mente descortina um mundo invisível, se abre para seres de corpos astrais. Quando falo aqui corpos astrais não me refiro ao mundo dos desencarnados, mas ao mundo dos anjos.
Falemos sobre a evolução angélica: Após as mônadas, nossas unidades de consciência, terem sido envolvidas em substâncias elementais chegamos a ser um mineral. Quando chegamos a este reino mineral, houve uma bifurcação onde para um lado mônadas seguiram para a evolução humana e outras seguiram para a evolução angélica. Criou-se duas evoluções paralelas, uma desenvolvendo um homem outra um anjo. Então, a evolução de um anjo de princípio foi igual a nossa, mas depois não chegaram eles a ter a forma de um minério, de um vegetal, nem de um animal como teria o homem. O homem então nunca foi um anjo, nem o anjo nunca foi um homem, assim nos ensina o esoterismo.


Arcanjo Miguel atacando nossos
baixos instintos.
   Estas duas evoluções, humana e angélica, apesar de serem paralelas, continuam ligadas, uma vez que a evolução de um anjo depende do auxílio que ele dará ao homem e ao seu habitat. Eles são chamados de “mensageiros”, pois nos trazem energias divinas.
O nome de todos os anjos tem a terminação em “El“ que significa "divino”. Assim temos Miguel, Gabriel, Samuel, Rafael, etc.
 Os anjos geralmente atuam nos setores humanos que desenvolvemos. Assim, temos anjos da cura, anjos da arte, anjos da ciência. Com a grande potência de seus corpos astrais (emocionais), nos dão forças emocionais para atuarmos nestas áreas.
   O esoterismo afirma que ao iniciar sua evolução os anjos têm corpos visíveis tanto no mar sendo peixes, corais, algas, como no solo, sendo lagartas, borboletas, pássaros. Esta é, sem dúvida, um dos setores que mais surge como algo fantasioso ao descrente de anjos, pois pensar em um pássaro tornando-se um ser alado como um anjo lhes parece bastante imaginoso.
 Depois deste patamar evolutivo, os futuros anjos serão seres como gnomos, fadas, aqueles que chamamos de “Seres da Natureza”.  Para nós invisíveis, mas que muitos habitantes contínuos do campo dizem enxergar. Finalmente, um dia atingirão a categoria de um anjo e de um arcanjo.
  As antigas lendas celtas irlandesas afirmavam que os anjos não envelhecem e contavam então esta história:
  Oisin era um rapaz da tribo irlandesa pagã dos Fianna. Sempre desejou ultrapassar a fronteira entre o mundo dos homens para ir ao mundo da eterna juventude dos anjos.


O arcanjo Rafael curando a cegueira
do pai de Tobias (personagem bíblico)...
  Conseguiu chegar lá e durante séculos permaneceu ali com um corpo jovem. Mas um dia teve saudade da sua Irlanda e desejou visita-la. Porém, foi advertido pelos anjos de que lá havia o envelhecimento.  Para auxilia-lo, os anjos lhe deram um cavalo lhe dizendo que jamais  o desmontasse lá no mundo dos homens , pois aquele cavalo seria a sua ligação com a terra da juventude dos anjos.
 Chegando à Irlanda, viu que sua tribo pagã não mais existia; que o Cristianismo imperava ali. Um dia, viu um grupo de homens querendo colocar o alicerce de uma igreja sem conseguir levantar as pedras que o ergueriam. Como ouvira sempre os anjos dizer que se devia auxiliar os homens , quis então ajuda-los. Só que não podia desmontar do cavalo. Tentou então levantar a tal pedra com o pé. Com o esforço, a sela do cavalo rompeu, e ele caiu no chão. Quando tocou o solo, seu corpo encarquilhou-se, envelheceu repentinamente demonstrando todos os séculos que Oisin tinha de vida. Oisin tornou-se o homem mais velho que já existiu. Ciente porém, de que cada uma destas duas evoluções têm a sua própria lei.

Involução, Evolução e Reino Elemental

Involução

Quando foram criadas as mônadas, centelhas de Deus Absoluto, poderíamos chama-las de “Unidades de Consciência”. Essas unidades foram envoltas cada uma em três substâncias, como capas, chamadas de primeira substância Elemental, segunda substância elemental e terceira substância elemental.
Receberiam estas três substâncias o nome de “Reino Elemental”. São substâncias invisíveis, que propiciará à centelha expressar-se depois na forma visível de um mineral.
A este processo de nossa origem desde a criação das nossas mônada até chegarmos a ser um mineral, o esoterismo chama então de “Involução”.
A Involução resulta então em sermos seres constituídos por consciência e forma.

Evolução

É o desenvolvimento das potências da nossa centelha divina, da nossa consciência. Para que o seu desenvolvimento se dê, será necessário que as formas nas quais o manifestará, se modifiquem continuamente, recebendo formas visíveis do reino mineral, depois do vegetal, depois do animal e finalmente do reino humano.
Em cada um dos reinos por onde passamos, nossa formas vão se aprimorando mais em seus sentidos, sensibilidade e entendimentos, a fim de servir melhor à consciência que está se desenvolvendo em cada um deles. Dentro do nosso próprio reino, o humano, passamos por todas as formas estudadas pelos antropologistas desde o mais primitivo hominídeo.

Reunião de Gnomos, seres elementais da terra...

Ao desenvolvimento da consciência chamamos “Evolução”. Lembrando sempre que  estas manifestações das formas, de reino para reino, é o que possibilita e facilita nossa consciência  a expressar-se cada vez melhor.
Não existe a possibilidade de voltarmos a um reino pelo qual já passamos, pois a lei do desenvolvimento da nossa mônada é a Evolução, à volta já plenamente realizada à Divindade. Retornarmos à casa paterna como bem nos diz a” Parábola do Filho Pródigo”.

Reino elemental

  As substâncias ou essências elementais são eternas. Elas mantêm a forma corporal do homem durante o seu viver, até após a sua morte e cria novos corpos. Exemplificando: Se ferimos uma perna, a essência elemental tentará cicatrizar o local atingido, para manter a integridade corporal. Na hora da morte a substância elemental a que chamamos de “Elemental do Desejo” tenta manter a forma viva através de emoções, do corpo astral (emocional) do indivíduo.
   Depois da morte física, esta substância conservará uma forma astral e depois da chamada “segunda morte”, dará ao indivíduo uma forma mais sutil. Acompanhará também o desenvolvimento corporal de um feto até que a reencarnação do indivíduo se dê.

Elementais artificiais

   Como o homem possui uma parte mental criativa, ele é também um construtor de formas mentais. Manipula a sua própria substância elemental criando formas-pensamentos, que podem ter duração muito fugaz ou muito duradoura, dependendo de quanto o homem mantenha a sua força mental sobre elas. Tais formas não são eternas porque a mente do homem não é eterna, por isto as chamamos de elementais artificiais. Se a concentração mental sobre elas pararem elas se desintegrarão.

Fadas, seres elementais do ar...

   Tomando como exemplo a figura do Diabo, podemos dizer que se trata de um elemental artificial. O pensamento religioso tem mantido esta figura por séculos, sendo dado a ela um sentido de mal. Ela tornou-se uma forma-pensamento, um vórtice de energia maléfica a nos prejudicar. Um dia, porém, quando deixarmos de pensar nesta figura e não mais inclui-la em nossas tradições religiosas, ela se extinguirá. A sua criação veio, na verdade, da tendência de nossa mente objetiva de ver tudo pelo prisma humano da dualidade. Sempre temos de opor ao Bem o Mal. Quando nossa mente abstrata, superior, que tende à unidade, estiver desenvolvida venceremos esta ideia de dualidade.
   O mundo esotérico nos fala também de elementais artificiais chamados de “Veladores Silenciosos”. São formas pensamentos que sustentam ideias benéficas para um lar, um agrupamento etc. Então, podemos conscientemente criar uma forma–pensamento como um vórtice de energia benfazeja para determinado local, que ficará ali nos protegendo.