sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Tristão & Isolda

Versão medieval de Tristão e Isolda.

Desta linda estória permanece a dúvida: Seria ela lenda ou realidade?  Tristão seria um príncipe de um pequeno reino francês. Ganhara este nome porque sua mãe morrera no seu parto. Como sua madrasta o desprezava foi criado na Inglaterra por seu tio, um homem muito rico de nome Mark.
   Um dia, o tio teve um problema com um homem irlandês que queria mata-lo em razão de uma dívida. Então, Tristão já rapaz, desafiou tal homem a um duelo e acabou por mata-lo. Seu tio resolveu que Tristão deveria ir á Irlanda contar sobre o duelo, porque uma combinação feita com a família deste dizia que uma vez o irlandês morto, a dívida estaria salda. Lá chegando, conheceu Isolda, a sobrinha do irlandês morto. Quando, porém a pediu em casamento a mãe de Isolda, que via nele apenas o matador de seu irmão, rejeitou o seu pedido.
   Voltando Tristão à Inglaterra, passou a falar ao tio Mark sobre a grande beleza de Isolda, sua delicadeza finura. Enfim, em todos os seus dotes que o maravilhara. Falou tanto e tanto que o próprio tio Mark acabou por apaixonar-se por Isolda. Vendo a impossibilidade de um pedido de Tristão ser aceito, resolveu ele próprio pedi-la para si em casamento.
   Tristão era sempre tão grato ao tio, que não quis concorrer com ele. Voltou à Irlanda e fez o pedido. A mãe de Isolda o aceitou de pronto, pois via no riquíssimo senhor inglês um pretendente para ninguém desprezar. Porém, ela sabia que Isolda era apaixonada por Tristão.
    Arquitetou então o seguinte: Mandou fazer um filtro afrodisíaco mágico e entregou-o a serva que acompanharia Isolda a Inglaterra para encontrar o noivo. Bem recomendada à serva de por o filtro nas taças de Mark e Isolda quando estes fossem brindar o noivado para que se apaixonassem.
   Tão tola, contudo, foi a serva que enganou-se, pondo o filtro nas taças de Tristão e Isolda. O não esperado então aconteceu: a paixão entre ambos cresceu e Tristão que, continuando leal ao tio havia renunciado a ela, embora o casamento entre o tio e Isolda acontecesse, passou a ser seu amante.
   O tema passa a versar sobre o sentimento de culpa de Tristão e o ciúme do tio. Quando comentários sobre o relacionamento dos dois amantes veio à tona o tio desesperou-se. Apesar de amar muito o sobrinho o afastou, mandando-o de volta para a França.

Tristão e Isolda mirtos de Amor...

    Tristão chegou a casar-se com uma mulher de nome Isolda, na esperança de assim ser feliz, mas não conseguiu. Participou de batalhas para expor a vida, e acabou sendo ferido e ficou à morte. Enviou então um escudeiro ao tio na Inglaterra lhe fazendo um pedido: Que o deixasse ver Isolda antes de morrer. Combinou então com o escudeiro que se o tio aceitasse seu pedido, quando a embarcação que a traria estivesse chegando que fosse hasteada uma bandeira branca, porque da janela onde estava ele já se alegraria. Quando ouviu o apito do barco, ele ansioso da cama, antecipadamente já perguntou a esposa: Que cor de bandeira traz? Esta, sabedora da combinação feita, ciumenta, respondeu: Negras. Pelo choque tão violento de não mais ver Isolda, antes que o barco chegasse trazendo-a, já havia morrido.
   Ela, enfraquecida pelos anos de sofrimento pela distancia que viveu de Tristão, morreu pouco depois ali mesmo na França.
   O tio Mark, sempre dividido pelo amor que tinha ao sobrinho e a Isolda, quando soube da morte de ambos ,mandou buscar seus corpos e os enterrou em duas sepulturas paralelas.
    Diz a estória que ao lado da sepultura de Tristão nasceu um pé de uva e no lado de Isolda nasceu uma roseira Quando as duas árvores cresceram, se entrelaçaram uma na outra. Então, o ciúme do tio aparecia novamente.  Cortava-as com frequência, mas elas tornavam a crescer e se entrelaçar. Quando, em desespero, elas foram arrancadas. Tornaram a nascer. Enfim, nem após a morte aquele casal dava-lhe descanso.
Tristão e Isolda é um magnifico drama de Richard Wagner.

Nenhum comentário:

Postar um comentário