No mês de Junho a cristandade homenageia estes três apóstolos: São João Batista, São Pedro e São Paulo.
JOÃO
BATISTA
Era
filho de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Muito intuitivo, previa que o
Messias esperado pelo povo Judeu já estava entre eles. Desejava então, através
de um rito purificador, preparar pessoas para o que aquele grande ser viria
ensinar-lhes. Fazia-o então por meio de um batismo grupal nas margens do rio
Jordão. A este rito compareciam dezenas daqueles que esperavam fielmente o
Messias. Por isto passou a ser conhecido como João, o batista.
A data de seu nascimento, 24 de Junho após
tantos séculos passados, é comemorado com o acendimento de fogueiras, devido a
esta estória que nos conta a tradição cristã:
Maria, a mãe do Cristo, morava na encosta de
um morro enquanto Isabel, mãe de João, morava lá em seu cimo. Esta estava
grávida e então as duas primas fizeram uma combinação entre si: Quando Isabel
começasse a sentir as dores do parto, acenderia uma fogueira para que Maria
tivesse disso conhecimento e subisse a ajuda-la. Por esta razão, em frente à
casa de João, quando este nasceu, havia uma fogueira acesa.
São João Batista não foi então só aquele que propagou a vinda do Cristo, batizou-O nas águas do Jordão quando Este iniciou em sua terra o Seu ministério, querendo dar a todos o valor de uma purificação simbolizada num batismo e foi também um de seus maiores seguidores.
PEDRO
Juntamente com o seu irmão André, foi um dos
primeiros discípulos do Cristo. Quando este os encontrou lhes disse: “Sigam-me
que farei de vós pescadores de homens”. Assim, o pescador Pedro passou a
dedicar sua vida a trazer adeptos para as pregações de Jesus. Seu nome de
nascimento era Simão, mas Jesus o chamou de “Kephas” que em aramaico significa
Pedra. Pedro (A rocha).
Tinha um imenso afeto por Jesus e mostrou
isso quando, desesperado, quis agredir um dos soldados que vieram prender o
Cristo, no que foi severamente impedido por este.
Os historiadores atuais dizem que Pedro,
grande nacionalista que era, pelo grande amor que tinha à sua pátria, não
entendeu bem a natureza da mensagem do Cristo, imaginando que era dirigida
apenas a resgatar a liberdade do povo judeu. O que viria mais tarde a fazê-lo diferenciar-se
de Paulo de Tarso.
Pedro tornou-se o amado chefe do grupo de
discípulos, liderança nunca contestada. Fundou o primeiro patriarcado da Igreja
em Antióquia, onde realmente nasceu a Igreja cristã. Foi depois para Roma
fazendo um trabalho de gigante, evangelizando um número imenso de pessoas.
Descoberto como o novo líder da nova Igreja
que nascia, foi sacrificado no ano 64 sob o império de Nero. Pediu para ser
crucificado de cabeça para baixo para não se igualar a seu mestre Jesus.
Trezentos anos após a sua morte, foi construída pelo imperador Constantino uma igreja em Roma para conter os seus restos mortais. Tal igreja manteve-se até o sec. XVI quando então foi construída a nova basílica de São Pedro. Seus restos estão hoje sob o altar-mor. Para a sua construção contribuíram artistas famosos como Rafael e Miguel Ângelo. È atualmente uma das catedrais maiores e mais belas do mundo. Pedro foi sem dúvida, a “Pedra sob a qual construirei a minha Igreja”, tal como dissera o Cristo.
PAULO
Nasceu
em Tarso, cidade da atual Turquia. Tornou-se um grande erudito, proferindo
magníficas palestras no Areópago de Atenas, o maior centro cultural daquela
época (ao redor de trinta anos após a morte do Cristo) Passou também a
trabalhar no grande templo, o Sinédrio de Jerusalém, encantando a todos com sua
inteligência e erudição.
Ali, veio a tomar conhecimento do movimento
cristão que então se agigantava no meio judaico. Em acordo as ideias e
determinações daquele próprio templo, foi encarregado de perseguir os adeptos
da nova mensagem. Sua primeira vítima foi um rapaz de nome Estevão que ousou
dentro do Sinédrio pronunciar defesas para aquele profeta que fora sacrificado (Jesus).
Ia depois de casa em casa buscar e castigar seus seguidores.
Um dia, soube que um grupo de cristãos ia
reunir-se na capital da Síria, Damasco, e para lá se dirigiu. Foi quando a sua
vida deu uma inesperada guinada que o transformou no maior seguidor do Cristo.
Caminhando na estrada para Damasco, ouviu uma voz que lhe indagava: “Paulo,
Paulo, por que me persegues?” e teve a surpreendente visão da figura de Jesus
ressuscitado. Ele aparecia-lhe em meio à tão radiante luz que iria deixa-lo
cego por dias.
Dai
em diante aconteceu com ele aquela inesperada e incrível mudança que modifica
súbita e completamente a personalidade de alguém. Inexplicavelmente Paulo
tornou-se o incomparável propagador do Cristo que encontrara.
De mentalidade absolutamente universalista,
foi ele talvez entre os seus seguidores aquele que melhor compreendeu a Sua
mensagem, direcionada à toda a humanidade não apenas ao povo judeu. Passou a
viajar por todos os interiores em pregações missionárias, pela causa do Cristo,
isso lhe granjeou o título de “O Apóstolo dos Gentios”.
Convertia-os ao novo credo, sem exigir-lhes que
se juntassem ao Judaísmo, fazendo o rito da circuncisão, tal como o estava
exigindo Pedro. Este seu comportamento veio então a causar serias disputas
entre os dois grandes seguidores do Cristo.
Foi realmente Paulo responsável pela imensa
proporção que tomou o novo credo, pois esta abrangia a todos sem fazer
distinção entre ideias religiosas ou pagãs que encontrasse. Não fosse a sua
figura, talvez o Cristianismo houvesse se tornado um credo exclusivamente
restrito aos territórios romanos e judaicos. Não teria alcançado o mundo todo
como alcançou.
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