Asgard, o palácio dos deuses nórdicos. |
Os povos escandinavos como noruegueses, dinamarqueses, suecos, islandeses e finlandeses podem se gabar de terem uma mitologia de deuses tão amados como aqueles do panteão grego.
Entre os inúmeros que possuem, reinam como
soberanos e mais conhecidos: Odin, Thor e Freya.
Odín é o grande chefe de Asgard, sua morada,
que corresponde ao Olimpo de Zeus. De lá, ele faz uma vigia constante ao mundo
dos homens, sendo considerado por estes como o Pai sagrado e supremo, que lhes
proporciona curas e lhes designa e determina o momento da morte.
Odin dá uma especial atenção aos heróis
mortos em batalhas, esperando que venham ao seu encontro trazidos pelas
Valquírias. Estas mulheres virgens e imortais, usando lanças e escudos,
protegidas por armaduras, se encarregavam de levar tais guerreiros ao Valhala,
o paraíso de Odin. Ali, lhes eram oferecidas danças sensuais e muito carinho
feminino, como recompensa aos seus atos heroicos. Podemos encontrar os fatos
destes heróis narrados nas sagas escandinavas.
Para irem desde Asgard, a morada celeste,
para o mundo dos homens, era necessário que os deuses atravessassem a Ponte
Bifrost com suas escadas que são as belíssimas cores do Arco Iris, ligação
entre céu e terra.
Através de Bifrost, os deuses desciam para
dar uma constante assistência aos mortais, segundo acreditavam os nórdicos. Os
deuses costumavam vir regar a grande árvore plantada por Odin e junto a ela
faziam seus planejamentos para o destino da humanidade. A imensa árvore é
conhecida como a Iggdrasil. Ela tem as suas raízes em profundezas que imergem
em rios e poços de água. Assim aguada, é a generosa alimentadora de todos os
seres vivos e de toda a natureza terrestre. Sempre permanece viçosa, pois suas
galhadas jamais envelhecem.
Thor é o poderoso filho de Odin. Com seu
machado ameaçador defende os deuses contra os Ogros, seres gigantescos e
maléficos, enquanto protegem os Elfos, seres benéficos, um tipo de elementais,
amigos dos homens.
É Thor o deus de um dos mais fortes
fenômenos celestes: O trovão. Muito previdente, nos anuncia momentos de tormentas
e chuvas torrenciais.
Odin, o deus supremo do panteão nórdico. |
Freya que é a deusa nórdica do amor e da
beleza, poderíamos compara-la à Afrodite dos gregos. Como deusa do amor protege
os apaixonados, e os antigos escandinavos costumavam se agrupar para cantar
canções de amor em sua homenagem. Em seus cultos lhe pediam que bem acolhesse
as esposas fieis no seu pós morte. Pediam-lhe ainda para as viúvas uma especial
graça: Que encontrassem também, nesta ocasião, seus falecidos e amados maridos.
A própria energia dos deuses lhes advinha de
um tipo de bebida que costumavam tomar: Uma espécie de leite que lhes fornecia
a cabra de Odin, de nome Heidrum.
À semelhança dos deuses tinham também os
seus Oráculos. : As Runas. Na verdade, estas foram o seu primeiro alfabeto, mas
ao mesmo tempo servia de um meio de se comunicarem com o transcendente, com o
espiritual. Os Vikings as escreviam em ossos e costumavam usa-las como amuletos
benfazejos.
Quanto a sua escatologia, contavam
temerosamente com um fim de mundo tais como algumas religiões atuais aguardam.
Sendo que um dos males que ocasionariam tal fim viria de uma serpente mítica,
muito temida, que se acreditava estar postada na profundeza de um poço d’agua,
junto à árvore Iggdrasil. Esta roía constantemente a sua raiz, enfraquecendo
pouco a pouco a vitalidade do mundo dos homens.
Previam, entretanto, uma batalha entre o bem
e o mal que chamavam de Ragnarok. Odin, seus filhos e mensageiros se preparavam
militarmente para este grande confronto final, certos de sua vitória.
A mitologia nórdica contou com grandes
escritores que narraram lindas sagas e estórias. O mais conhecido em nosso meio
é o dinamarquês Hans Cristian Anderson, especialista em literatura infantil.
São célebres seus contos de fadas e pouco de nós, adultos, desconhecem “O
Patinho Feio” e “O Soldadinho de Chumbo” que nos entretiveram encantados em
nossa infância.
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