Nas antigas leis indianas do Manú, a vida é dividida em 4 estágios.
O 1º é o do aprendizado, de aprender a cultura a tradição do local do nascimento carmico. O 2º é o estágio de perpetuar o conhecimento passando-o para uma prole ou por meio de um trabalho produtivo, e lucrativo. O 3º é o de prestação de serviços, de dedicação á família, ou à comunidade sem visar lucro, trabalhos beneméritos, e o 4º é o da preparação para a morte.
Nos três primeiros estágios a consciência se apega ao ambiente de vida pelas atividades desenvolvidas. No 4º estágio acontece uma inversão de consciência, uma vez que nos primeiros estágios era exigido uma dedicação à cultura tradicional, uma total identificação com ela .Já no 4º exige um total desapego. Na Índia, para conseguir este despego muitos homens deixavam o ambiente em que viviam e iam viver numa floresta só dedicados à meditação, numa vida de ascetismo. Foi desse período que surgiram os filósofos da floresta e deste período surgiu o livro dos Upanishadas
Se somos pouco evoluídos, geralmente o estado de preparação à morte começa com crises emocionais, desajustes. Geralmente quando já fizemos um bom plantio de saudades o desapego se dá mais suavemente, a dificuldade da preparação se dá apenas com recordações do passado. Na preparação, há um percebimento inconsciente, através do campo da intuição. Nos comportamos segundo aquela intuição que nos vem da ruptura próxima, sem a observarmos conscientemente.
A dificuldade do desprendimento total da morte é devido a essência elemental do corpo astral, a natureza passional, emocional do homem. Esta é uma vontade escrava das atividades da matéria que nos chamamos de “Elemental do desejo” Na hora da morte, ele faz a sua última tentativa de prender o homem à matéria que é afinal o seu papel. O papel do som é importante no desfalecimento do corpo vital, etérico do indivíduo. O papel do sino na missa de sétimo dia se refere ao rompimento do corpo etérico.
A morte é uma espécie de desnudar-se de envolturas. A consciência se retira da parte física, passa para a etérica e depois para a consciência astral . No momento da morte geralmente a pessoa vê passar diante de si quadros de toda a vida que está abandonando. O momento imediato a morte é de profunda sonolência e paz, é o êxtase devido a descida da energia espiritual.
“O Jiva é a alma, é como uma onda de rádio que tem individualidade, enquanto que o Átma ,o Ser , o Espírito, é como uma energia elétrica que é universal. Nenhuma alma é possível sem o Atma, como nenhuma onda de rádio é possível sem a energia elétrica.”
Após a morte física , passamos depois pela segunda morte, quando perdemos o corpo astral. Após a passagem pela consciência mental, fazemos uma encontro com a nossa luz , que é o repouso total, a inatividade, até que uma força que se chama Tríchina nos faz retornar à nova atividade física.
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