domingo, 24 de novembro de 2013

Seres Iluminados


Em relatos ocultistas aparecem seres altamente evoluídos que já seriam -conforme afirmam- entes já viventes antes desta manifestação em que vivemos antes deste nosso “Dia de Brama”. Os escritos védicos do Bramanismo os chamam de Pitris, Rishis, Dyan Choans etc.
   Tais seres agiriam aproveitando qualidades latentes que as mônadas possuem, para auxilia-las a evoluírem.
    Os Pitris são chamados nos Vedas de “Progenitores”, uma vez que ajudaram na criação das formas  físicas, desde as mais primevas até aquelas que, sofrendo transformações, viriam a ser a forma atual do homem, a partir da primeira ,segunda, e terceira Raça.
    Já os Rishis, em cujo ápice está um ser que o ocultismo chama de Sanata Kumara, teriam completado a obra dos Pitris, dando aos nascidos na última sub-raça da segunda Raça um ego consciente, a inteligência, a mente.  Na terceira Raça os homens, já então possuidores de uma mente, aparecem nos livros bíblicos como o homem adâmico (observamos nesse estudo que o nome Adão é genérico, referindo-se a uma humanidade com mente). Este homem adâmico já contando com uma dualidade feminina e masculina (Adão e Eva).

O Caminho da Ascensão Espiritual.
    Nesta terceira Raça, como auxílio aos homens adâmicos, que iriam agora ter acesso ao discernimento entre o Bem e o mal, é composta a chefia do que agora conhecemos como a “Grande Fraternidade Branca” contando a humanidade desde então com um Manú, um Buda e um Maha Choan que sendo vários se alternam para auxiliá-la.
    Cada um deles trabalha num dos três setores da trindade logoica: o Manu com as energias do Poder; o Buda com aquelas da Sabedoria e o Maha Choan com as do Amor.
    A palavra Manú vem da raiz da palavra Mam (o Pensador, o homem com mente) Cada Raça, a partir da terceira, terá então um Manu dirigente. Sua energia se manifestará nos condutores de povos, nos heróis civilizadores, nos patriarcas como Noé, Decalião, Abraão, Rama, Manco Capac e outros.
    Budas são os instrutores dos princípios divinos. Faz-se também representar pelos Bodhisatwas como Kuthumi e Jesus.
    O Maha Choan trabalha com cinco maneiras do Amor expressar-se, chamadas pelo ocultismo de “A mão do Maha Choan”. Dirige então os Choans (senhores, mestres).
    Estes, apesar de trabalharem em setores diferentes, se igualam pelo objetivo comum que possuem de se dedicarem à humanidade em evolução. Trabalho que nomeamos de “Magna Obra”. Juntos, estes Choans, por seus objetivos idênticos, formam então uma egrégora (montante de energia similar) que chamamos de Shambala.

Shambala a luz que se almeja alcançar.
   Ao nos fixarmos em qualquer uma das cinco qualificações que são derivadas do terceiro Raio da Trindade Logoica, que são elas: Amor atividade; Pureza, Ciência, União e Misericórdia, através de cantos, orações ritos e meditações recebemos os efluxos desta egrégora dos Choans.
    Os Choans dedicam-se também a preparação (mental e intuitiva) de um Discipulado para aqueles que desejam evoluir conscientemente guiado por um destes mestres, numa espécie de budismo Mahayana (linha em que se evolui pelo auxílio de um mestre orientador). Estes postulantes a discípulos serão conduzidos sem a necessidade da presença física do mestre, pois -como disse- serão conduzidos mental e intuitivamente. Porém, o mínimo requerido é que tenham o objetivo altruísta de servir.
    Lembremos aqui a grande cooperação dada a estes Choans pela Legião Angélica que atua junto a eles como vórtices de energias dos sete Raios.

Princípios Herméticos


   Existem maneiras da energia Divina se comportar em relação aos seres humanos. Hermes Trimegisto, o grande iniciador do Egito antigo nos deixou sete princípios que nos ajudam a compreender como a energia Divina atua em nós, nos possibilitando agir, criar e evoluir.
   Os sete princípios herméticos são: o Mentalismo, a Vibração, a Correspondência, o Ritmo, a Polaridade, a Causa e Efeito, o Gênero.
   O Mentalismo é a mais potente energia que transpassa o universo material. A mente é a responsável por nossa parte criativa. Com a mente podemos dar eternidade às coisas. Exemplificando: Alguém planejou o modelo de uma cadeira A cadeira sendo feita terá determinada durabilidade. Um dia, ficará velha, acabará. Porém, o seu modelo forjado pela mente continuará válido. Poderá ser aproveitado em novas cadeiras quantas vezes for necessário. È eterno. È criação mental.
   Nosso estado de espírito depende também do estado de nossa mente, do que pensamos. Duas pessoas distintas, vivendo a mesma situação, uma poderá estar tranquila, outra agitada, dependendo do que cada uma estiver pensando, mentalizando sobre a situação.
 
 
   Em nossa mente existem dois tipos de energia. Uma a que chamamos de mente concreta. É a menos potente. Os conceitos que com ela formulamos não ultrapassam tempo nem espaço. Exemplificando: Formulamos um conceito que não será mais válido daqui a 50 anos e também não terá valor em outro pais, para outra região será inadequado.
   A outra mente chamamos de abstrata. Esta sim é capaz de estabelecer conceitos que se ajustam a qualquer época e a qualquer local. Notemos que os conceitos emitidos pelos grandes mestres iniciados são sempre de mente abstrata. Passam-se séculos e eles permanecem válidos e são usados por vários povos indistintamente.
   Os educadores lidando com alunos, além de dar a eles os ensinamentos que se ajustam à idade, ao clima em que vivem ao local aonde habitam etc, teriam que lhes dar algo mais: Um comportamento que pudessem levar a qualquer lugar e situação só assim despertarão neles as potências de sua mente mais poderosa, a abstrata.
   O mais frequente fenômeno da mente é a telepatia. Ela é a comunicação entre seres. Verifica-se muito o poder telepático entre mentes no caso de descobertas científicas. Acontece com frequência de um cientista numa parte do mundo estar inventando algo coincidentemente igual ao que outro, à grande distância, também está arquitetando. È o pensamento criador de várias mentes se unindo num processo telepático.
   Toda a influência da nossa mente em nós mesmo, em nosso ambiente ou em outrem depende, porém de outro princípio energético o da Vibração.
   Vibração: Tudo no mundo vibra tudo está em movimento interno e externo, emite ondas vibratórias. Quando pensamos , emitimos ondas de pensamentos, Quando sentimos emitimos ondas emocionais, quando falamos ,saem de nós ondas sonoras. Mesmo o nosso corpo se estiver doente ou sadio emite ondas. Recebemos ondas de uma pedra, de uma planta. As cores que enfeitam nosso mundo os sons que nossos ouvidos percebem, as paisagens que vemos, tudo aquilo que sentimos, ouvimos, vemos ,percebemos, é fruto do intercâmbio de ondas vibratórias entre nós e tudo aquilo que nos rodeia. A Vibração é o princípio do que chamamos de simpatia ou antipatia entre pessoas, são as ondas vibratórias emocionais ou mentais de intensidades diferentes ou iguais que se combinam ou não. Também o animismo ou o carisma de alguém é parte de sua potência vibratória.  Só um mundo preenchido de ondas vibratórias permite fenômenos telepáticos.
   Outro princípio que nos deu Hermes é o da Correspondência. Tudo o que acontece num dos nossos corpos se refletirá em outro. A maioria de nossas indisposições físicas provêm do estado de nosso corpo mental ou do emocional. Qualquer pensamento de inveja, ciúme, rancor tristeza, pode abalar nossa saúde física. Também o inverso se dará. Caso cuidemos bem da saúde através de boa alimentação, boa respiração, equilíbrio entre atividade e repouso, teremos mais capacidade de usar o poder mental.
 
Hermes divinizado na figura do deus Toth.
 
   Igualmente existe um correspondência entre macrocosmo e microcosmo, nós e o nosso habitat. O sol nos influencia, a lua nos influencia. Notemos a quietude proporcionada pela hora do entardecer, quando observamos o sol em seu declínio. Porque a natureza vai repousar dos raios solares, também nós passamos a sentir a indolência do repouso.
   O Ritmo é o princípio que nos diz: Tudo retorna nada realmente termina. Na ilusão de que algo sofre uma queda, acreditamos que este algo se rompeu definitivamente. .Porém, ele retornará de tempos em tempos ritmados para um recomeço de novo ciclo ativo. Um ciclo que será reiniciado com possibilidades e potências melhores. O Ritmo é responsável pela elevação e queda das nações, criação e destruição dos mundos, pelos estados mentais do homem. È a expiração e a inspiração de Brama. Credos, costumes, filosofias nascem, crescem, amadurecem, decaem e renascem renovados em ciclos rítmicos.
   Observemos agora a Polaridade: Tudo tem dos polos. Tudo é constituído por um par de opostos.  Onde está o teu defeito se esconde a tua qualidade. Todas as coisas se equilibram ao trabalharmos o seu oposto. Cada um de nossos defeitos se transmutam para atingir  a sua qualidade  oposta.
 
O Princípio Hermético do gênero.
  
O princípio de Causa e Efeito é o que os orientais chamam de “Carma”. Tudo obedece a uma cadeia de acontecimentos. Nada acontece ao acaso. Tudo vem de uma causa e corre para sua consequência. Toda e qualquer ação provoca uma reação. O “Cabaillon” dá como exemplo uma pedra que é deslocada de um lugar montanhoso e quebra o teto de uma cabana. Como causa lá estava a chuva que amoleceu a terra que suportava a pedra. A chuva, porém também teve o seu porque e assim infinitamente encontraremos causas e efeitos. Uma cadeia de sincronizações vão nos encaminhando a acontecimentos, encontros, etc, que a nós parecem casuais , mas que nos levam a cumprir o carma positivo ou negativo que plantamos, Colhemos de acordo com o que plantamos. Se alguém planta abóbora só poderá colher abóbora.
   Os frutos de nossos plantios comportamentais, emocionais e mentais retornam as nossas mãos como efeitos para que os analisemos, revisemos e os replantemos. O último dos princípios herméticos aqui revisto é o do Gênero.
   Tudo possui um princípio masculino e feminino. Toda mente humana é tanto objetiva como subjetiva. Hoje se estuda o lado esquerdo e direito do cérebro, atribuindo-lhes estas características. As coisas são por nós assimiladas num processo subjetivo, feminino, de receber impressões. Só concluiremos, porém nosso processo mental quando, objetivamente, com nosso princípio masculino, transformarmos tais impressões em atividade, com ela criarmos, fizemos algo. Que as nossas assimilações, impressões, sejam sempre aproveitadas num processo ativo de evoluir, eis a lei do Gênero. Um ser estará sempre em desequilíbrio se for apenas passivo, sem ativar-se ou se ao contrário, for muito ativo sem ter anteriormente feito observações e assimilações. Os hebreus cabalistas em sua “Arvore da Vida” enfatizavam sobremaneira o equilíbrio entre masculino e feminino, agindo em cada ser.
   Os fenômenos telepáticos se dão mais perfeitamente entre duas pessoas quando o emissor da mensagem tem a sua parte cerebral masculina mais desenvolvida e o recebedor o seu cérebro feminino mais potente. Acontece então da energia vibratória do princípio masculino de alguém ser projetado para o princípio feminino de outrem.
   Assim, Hermes, o Trimegisto, viu as energias divinas atuando em nós. Caso pudéssemos entender estes sete princípios por ele descobertos, poderíamos então manipular a nossa evolução mais conscientemente e com muito mais propriedade.