O altar nasceu num tempo em
que duas tribos de épocas arcaicas lutavam por um território. Um dia, chegando
a um acordo, delimitavam a fronteira que separaria seus territórios. Colocavam
uma grande pedra que marcaria o limite que a cada um pertencia. Esta pedra é a
origem do altar. De tanto em tanto, se encontravam para comemorar o seu acordo.
Cada um trazia então ao outro oferendas
de frutas, alimentos animais e
sobre a pedra, agora aplainada como uma mesa, as colocavam.
O altar irá ganhar um sentido sagrado quando
puseram um pedaço de cobre com a intenção de que o sol que era para os antigos
o símbolo da Divindade, refletisse seus raios nele, estando assim presente,
testemunhando e abençoando a sua união.
A pedra seria depois elevada sobre degraus, pois –segundo os antigos-
quanto mais alto estivesse, mais perto da Divindade estaria.
Assim, o altar é o local mais sagrado do
templo. Perante ele, um grupo em harmonia, contata o Divino. Ele é o ponto
focal mais energético do templo, concentra as energias devocionais dos fieis.
Pantena:
Ela é o símbolo daquele pedaço de cobre que refletia para os antigos a
presença do sol, da Divindade.
Taça:
É o receptáculo que recebe e transmite as forças do Cristo. Quando
preenchida pelo vinho, este simboliza o Seu sangue, a Sua vitalidade. Quando
traz o pão eucarístico, a hóstia carrega
a energia do Seu corpo.
O uso do sangue e do corpo do Cristo repete
dentro do Cristianismo um rito pagão dos povos totêmicos. Os povos tribais
costumavam ter os seus totens (que geralmente era um animal) como seu modelo de
comportamento e fonte de energia. Em suas atividades sagradas, em seus ritos,
matavam um animal que representava o totem
e deixava que seu sangue lhes escorresse pelo corpo, as vezes o
bebiam. Sua carne era distribuída como
alimento entre a tribo. Assim, achavam que absorviam a energia do totem ,que,
afinal, era o seu modelo de perfeição,
representando tudo o que a tribo necessitava para sua sobrevivência . Hoje,
também absorvemos com o simbolismo do pão eucarístico e o vinho tomado pelo
sacerdote também a vitalidade do sangue e do corpo do Cristo, nosso grande e
sagrado modelo.
A Cruz: Conforme já escrevi em meu texto
intitulado “Símbolos nos Templos Cristãos” representa o homem espiritual crucificado no
limite da matéria. Vindo viver no mundo físico, a dualidade da vida, vindo
vivenciar opostos como tristeza e alegria, bondade e maldade, amor e ódio, frio
e calor etc. Opostos representados nos dois braços da cruz.
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