Nasceu em 1181 na cidade de Assis, na Itália, filho de um rico comerciante de tecidos, recebendo o nome de Giovane. Seu pai fazia negócios com a França e o levou menino para lá. Ele se apaixonou tanto pelas poesias, músicas e cultura francesa que acabou por receber o nome de Francesco (Francisco em italiano).
Teve uma juventude mundana e luxuosa, mas depois o atraiu a vida religiosa. Em sua época, os frades costumavam habitar mosteiros, mas ele preferiu fazer uma pregação itinerante. “Amava a todos, e a todos chamava de irmãos” e achava que os cristãos deviam seguir à risca a humildade do Cristo.
Perdeu o interesse pelos hábitos de vida agitada e mostrou-se preocupado com os necessitados.
Quando um dia saiu a passear pelos campos, ouviu o som de um sino que os leprosos usavam para avisarem sua proximidade, pois eram proscritos da sociedade. O homem vestia-se de farrapos e tiritava de frio. Francisco desceu do cavalo e abrigou o homem sob o seu próprio manto. Depois vendo a emoção em que o deixara beijou-o no rosto deformado.
Certa vez entrou numa igreja e viu o estado de ruina em que estava. Quis reforma-la. Recolheu então tecidos caros da loja de seu pai, vendeu-os e a reformou. Seu pai o prendeu em correntes no porão de sua casa e ordenou-lhe uma compensação para que devolvesse o que roubara.
Para surpresa de todos que já o julgavam louco, despiu todas as suas roupas ficando nu simbolizando a renúncia aos bens materiais, renunciou a sua herança e partiu em sua pregação itinerante, na maior pobreza.
Quando quis fazer uma Ordem religiosa foi até o papa Inocêncio III que o repudiou dizendo que não o aborrecesse com a sua pretendida Ordem que era demasiada rigorosa. Depois, impressionado pela sua humildade finalmente permitiu a feitura.
Francesco retornou a Assis instalou-se numa cabana onde se dedicou primeiramente ao cuidado de leprosos. Logo a cabana se tornou pequena para tal trabalho e em 1210 o abade de um mosteiro lhe concedeu terras ao redor. Em 1212 a Ordem foi enriquecida pela entrada da primeira mulher nela; Clara, a futura santa Clara, as chamadas Clarissas.
Os milagres de são Francisco foram inúmeros. Durante uma viagem de navio apaziguou uma tempestade e aumentou a comida dos marinheiros famintos. Em Gúbbio, pacificou um lobo feroz que assolava a região.
Nas Cruzadas, foi ao Marrocos falar com o sultão tentando uma trégua na luta contra os Islâmicos e pedir benefícios aos soldados cristãos. Não só o conseguiu, como encantado com a sua personalidade o sultão, ao invés de prendê-lo, lhe deu um salvo-conduto para chegar protegido de volta á Assis. Lá, pegou uma doença nos olhos da qual jamais se curou. Foi peregrinar nos locais santos de Jerusalém mas quando voltou a Assis teve a tristeza de ver que seus seguidores haviam se tornado vagabundos com uma vida sexual desregrada.
Pela Primeira vez sua reação foi violenta. Expulsou todos do colégio de Bolonha, criando um período probatório para todos que quisessem lá ingressar, enquanto permanecia como um guia espiritual. Foi então criada a Ordem Terceira com estudos de Teologia e estabelecimentos de novas regras tais como: “Faz sempre alguma coisa boa para que o diabo te encontre ocupado “. “A ociosidade é a inimiga da alma”.
No natal de 1223 foi convidado a recriar o nascimento do Cristo e criou então o primeiro presépio da história cristã.
É conhecido como o santo que atraía para perto de si, pássaros. Em seus anos finais experimentava frequentes visões e êxtases. São Francisco é considerado a maior figura cristã após Jesus.
De suas estadias como menino na França, guardou o amor por poesias e deixou para a posteridade esta linda oração bastante conhecida até os dias de hoje:
ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO
Senhor fazei-me o instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio que eu leve o amor
Onde houver ofensa que eu leve o perdão
Onde houver discórdia que eu leve a união
Onde houver dúvida que eu leve a fé
Onde houver erro que eu leve a verdade
Onde houver desespero que eu leve a esperança
Onde houver tristeza que eu leve a alegria
Onde houver trevas que eu leve a luz
Ó Mestre fazei que eu procure mais consolar do que ser consolado,
Compreender que ser compreendido, amar que ser amado
Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado e é
morrendo que se vive para a vida eterna.
Nos estudos de espiritualidade sobre reencarnações, é dito que sua primeira encarnação foi como Pitágoras em 570 a.C. na Grécia antiga. Encarnou- se também como Kuthumi, o grande mestre iniciador da cor dourada da sabedoria. No Séc. XIX, criou junto ao mestre El Moria a Sociedade Teosófica. Ocupa dentro da Grande Fraternidade Branca o cargo de Instrutor do mundo, contando com inúmeros alunos em discipulado.