
Em cada uma das fases evolutivas houve a
necessidade de recebermos energias externas para desenvolvê-las. Tais energias
vinham de sons e perfumes. Já sabemos que o corpo etérico é o grande
vitalizador do corpo físico. Vitaliza-o através dos chacras, assimilando odores
e sons.
Podemos considerar o desenvolvimento dos 3
chacras inferiores para atender necessidades básicas de sobrevivência, muito
necessários aos povos primitivos.
Quando as tribos primitivas usavam a batida
de tambores, de atabaques e chocalhos feitos com materiais como ossos, dentes,
conchas, eles faziam vibrar os chacras inferiores , os ativando. No estudo da
música, sabemos que ela também acompanha a evolução usando instrumentos cada
vez mais sofisticados.
A música primitiva é puro ritmo, o som do tambor
é estanque, não possui ressonância. Diz o xamanista que o bater do tambor
corresponde à batida do coração da terra. No desenvolvimento dos chacras
inferiores o homem está ligado à mãe terra, ao subterrâneo da terra.
Na identidade homem e natureza, os sons
batem na terra voltam e retornam aos chacras dos homens. Assim, quando o
atabaque é batido ele vibra no interior da terra e vibra depois no homem.
Nossos chacras inferiores são nossas bases, como o subterrâneo da terra é a
base do planeta. A dança com batimento dos pés no chão dos selvagens fazem
vibrar o solo e lhes proporciona um retorno, os ligando à terra, por isso
dançam batendo com os pés no chão. A dança, na evolução do homem, movimenta
primeiramente os chacras inferiores. Então, ainda vemos muitas tribos se
curvarem na dança, quando a dança ainda está muito ligada à terra. Outras
tribos dançam eretos apenas batendo com os pés no chão. No aprimoramento da
dança vemos o balé clássico cuja finalidade é atingir os chacras superiores.
Podemos observar a bailarina na ponta dos pés tentando se distanciar da terra e
o bailarino procurando sempre levantar a companheira. No dançar de certos
gênios da dança, temos a impressão de que levitam, saem do chão. Porém, ainda
encontramos certos povos, como o povo russo, que usam as duas práticas: o
levantamento do balé, mas também o bater dos pés na terra.
Os homens muitos primitivos tinham também
um percebimento dos sons menos apurados que o nosso, por razão dos órgãos da
audição estarem ainda em desenvolvimento. De princípio, percebiam dos sons dos
pássaros somente aqueles mais metálicos , depois ,com a melhoria da audição,
passam a perceber os cantos mais sonoros. Ao tentarem imitar tais sons sonoros,
criarão as flautinhas de bambu, osso, etc. Assim, todos os instrumentos foram
criados e sendo sofisticados para atender ao evoluir de nossos sentido e dos
nossos chacras.
É na própria natureza que estão os sons que
farão o primitivo evoluir e começar a ascender aos chacras superiores.

Quanto aos odores, da mesma maneira a sua
volatização vai tocar diretamente o nosso corpo vital. O cheiro da carne
vitaliza o homem primitivo. Porém não condiz com o nosso estágio de evolução
atual, nos sendo então desagradável.
O selvagem sentia-se atraído por certos
cheiros que obtinha também através de mascar certas ervas, ou aspirando-as
usando cachimbos, ou ainda besuntando-se com sumos de madeiras cujos odores ativavam
seu corpo vital e chacras.
O chacra laríngeo era tão fraco nos homens do
primitivismo mais remoto, que estes só conseguiam emitir grunhidos , Depois,
pela assimilação de sons e perfumes mais delicados, por seus sentidos mais
desenvolvidos, seu chacra laríngeo possibilitou a sua comunicação através da
fala.
Pelo conhecimento do valor dos perfumes,
muitos homens civilizados servem-se ainda do seu recurso para usa-los em magia,
como foi o caso na Idade Média ,quando o odor forte do enxofre foi tão
aproveitado para este fim.
Contudo, temos a certeza de que músicas
clássicas e perfumes, condizentes com a nossa evolução, sendo usados com
frequência em meditações e sendo ouvidos em nosso cotidiano nos levarão ao
desenvolvimento dos nossos chacras superiores e consequentemente à evolução de
cada um de nós.
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