Interpretação Rosa Cruz
de uma alegoria bíblica
de uma alegoria bíblica
Jacó, o neto de Abraão, teria nos deixado
uma alegoria que nos fala dos vários passos que damos durante a trajetória da
nossa evolução. Ele sonhou que via uma escada que, estando apoiada no chão, era
tão alta que tocava o céu. Tal escada teria sete degraus. No alto dela, lá
estava Jeová, o deus de Israel, convidando Jacó a subi-la. “Jacó entendeu que
aquela escada era a porta para a “terra prometida”, entendendo-se a ” terra
prometida” como o clímax da espiritualidade que o homem atingirá.
O
Rosa Cruz nos apresentam os degraus da escada como se cada um deles estivesse
relacionado com uma montanha que aparece em sete episódios históricos vividos
pelo povo judeu. Melhor dizendo, a história judaica, desde o episódio de Noé
até a chegada de Jesus, teria requerido dos povos judeus sete grandes esforços
evolutivos, que todo homem tem que passar em sua existência.
Os degraus corresponderiam aos montes
Ararat, Moriá, Sinai, Tabor, Gólgota e Oliveiras.
No primeiro degrau, depois de um dilúvio devastador,
Noé, reuniu todos os seus bens e chegou ao monte Ararat, onde encontra refúgio.
Dali soltou depois uma pomba que voltou com um ramo de oliveira no bico. Isto
lhe revelava: As terras não estavam mais cobertas pelas águas, estavam lhe
esperando para fazer um novo plantio. Também nós quando, por erros nossos passamos
por problemas devastadores, recebemos de Deus uma nova oportunidade de
recomeçarmos levando conosco os bens espirituais que já tenhamos conquistado.
Depois, Abraão dirigiu-se ao monte Moriá.
Neste episódio lhe era requerido por Jeová um sacrifício. Sacrificar num
holocausto seu único filho Isaac. Ele o pôs então sobre o altar do sacrifício, mas,
por sua grande Fé, Deus o poupou. Este é o degrau da fé em Deus, da certeza de
que os nossos sacrifícios serão compensados.
O terceiro degrau da escada evolutiva
refere-se ao episódio de Moisés subindo o monte Sinai. Ali ele receberia o
Decálogo, um código de leis. Ninguém se adianta se não tiver disciplina, da
obediência. Geralmente quando, falamos
em obediência não sabemos o que é sermos obedientes aos princípios divinos.
Como exemplo, poderíamos citar o que fazemos com um animal que tem demasiada
energia, tem capacidade para correr em grande espaço. Então, desobedecendo as
leis de seu corpo, o pomos numa jaula minúscula onde ficará cerceado de sua
verdadeira natureza.
No quarto degrau encontramos os judeus,
após atravessarem o deserto, vindos de uma escravidão no Egito, chegando ao
monte Carmelo. Ali encontraram verdadeiros e falsos profetas. Como distinguir
os falsos? É o degrau dos conflitos íntimos entre as nossas duas vozes internas
Ele são nossos verdadeiros e falsos profetas. É o degrau do discernimento. Como
exemplo podemos citar a dificuldade que os estudantes esotéricos encontram em
distinguir entre psiquismo e
espiritualidade.
Só após passar o degrau do discernimento
poderemos subir o monte Tabor. Ele é o monte da Transfiguração de Jesus. È o
degrau do nascimento espiritual. Neste monte Jesus leva consegue representa a
obediência aos princípios divinos, Tiago representa a valentia e João é o amor.
Depois desta transfiguração, onde
transcendeu todas as diferenças religiosas e culturais, o homem terá que subir
o monte do Gólgota. É o calvário da sua solidão, da incompreensão por parte de
todos que o cercam. Mesmo estando em meio a um grande grupo, se sentirá só.
Terá que persistir em seu ideal sem ajuda. È o teste de sua persistência e a
renúncia a reconhecimentos. Como exemplo, temos o caso de Jesus seus discípulos
Pedro, Tiago e João. Para transportá-lo somos ajudados por 3 forças superiores
simbolizadas nas características dos discípulos. Pedro subindo
sozinho o Calvário, incompreendido e abandonado.
Porém, o último degrau refere-se aos
momentos de maior paz e felicidade que um homem pode atingir. É o momento da
entrega total. É Jesus no Monte das Oliveiras, onde ele se abastecia na unidade
com Deus.