segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Consagração do Aposento

Traçando-se com a mão uma cruz em cada canto da casa (Da frente para os fundos) afirma-se.
“Dentro do círculo da Divina presença que me envolve inteiramente eu afirmo: Há só uma presença aqui, a da harmonia que faz vibrar todos os corações com a força do entendimento e união. Quem quer que aqui entre, sentirá a presença de uma divina harmonia. Eis aqui a cruz do arcanjo Miguel! Há só uma presença aqui, a do amor. No amor todos aqui vivem, movem-se e existem. Quem quer que aqui entre sentirá a presença de um amor mais sublime. Eis aqui a cruz do arcanjo Miguel! Eu sou aqui a presença da verdade. Tudo quanto aqui se pensar e se falar será a expressão da verdade. Quem quer que aqui entre sentirá a força da verdade. Eis aqui a cruz do arcanjo Miguel!  Há só uma presença aqui a da justiça. Todos os atos aqui realizados serão inspirados pela justiça. Eis aqui a cruz do arcanjo Miguel!  Eu sou aqui a presença da prosperidade material e espiritual. Ela fará  a matéria e o espírito crescer e prosperar . Quem quer que aqui entre sentirá a presença desta prosperidade. Eis aqui a cruz do arcanjo Miguel!  Há só uma presença aqui a da cura este recinto está cheio da energia da cura.Eis aqui a cruz do arcanjo Miguel!
   O mal nunca terá guarida nestes recintos, pois pela força de meu pensamento estou atraindo para aqui as correntes universais do Bem. “Em nome da presença divina de cada habitante deste local, esteja este lar consagrado à proteção do grandioso arcanjo Miguel”.


(O local poderá ser consagrado a outro ser. No trabalho para a consagração do local à Virgem Maria, ao invés da cruz usa-se uma rosa branca para abençoar os cantos da casa e se dirá: Eis aqui a rosa branca. símbolo de Mãe Maria. A casa deverá ser consagrada da frente para os fundos, passando o símbolo em todos os seus cantos.)

2 de Novembro - Dia dos Mortos

Nas antigas leis indianas do Manú, a vida é dividida em 4 estágios.
   O 1º é o do aprendizado, de aprender a cultura a tradição do local do nascimento carmico.   O 2º é o estágio de perpetuar o conhecimento passando-o para uma prole ou por meio de um trabalho produtivo, e lucrativo.  O 3º é o de prestação de serviços, de dedicação á família, ou à comunidade sem visar lucro, trabalhos beneméritos, e o 4º é o da preparação para a morte.
    Nos três primeiros estágios a consciência se apega ao ambiente de vida pelas atividades desenvolvidas. No 4º estágio acontece uma inversão de consciência, uma vez que nos primeiros estágios era exigido uma  dedicação à cultura tradicional, uma total identificação com ela .Já  no 4º exige um total desapego. Na Índia,  para conseguir este despego muitos homens deixavam o ambiente em que  viviam e iam viver numa floresta só dedicados à meditação,  numa vida de ascetismo. Foi desse período que  surgiram os filósofos da floresta e deste período surgiu o livro dos Upanishadas
   Se somos pouco evoluídos,  geralmente o estado de preparação à morte começa com crises emocionais, desajustes. Geralmente quando já fizemos um bom plantio de saudades o desapego se dá mais suavemente, a dificuldade da preparação se dá apenas com recordações do passado. Na preparação, há um percebimento inconsciente, através do campo da intuição. Nos  comportamos segundo aquela intuição que nos vem da ruptura próxima, sem a observarmos conscientemente.
    A dificuldade do desprendimento total da morte é devido a essência elemental do corpo astral, a natureza passional, emocional do homem. Esta é uma vontade escrava das atividades da matéria que nos chamamos de “Elemental do desejo”  Na hora da morte, ele faz a sua última tentativa de prender o homem à matéria que é afinal o seu papel. O papel do som é importante no desfalecimento do corpo vital, etérico do indivíduo. O papel do sino na missa de sétimo dia se refere ao rompimento do corpo etérico.
   A morte é uma espécie de desnudar-se de envolturas. A consciência se retira da parte física, passa para a etérica e depois para a consciência astral . No momento da morte geralmente a  pessoa vê passar diante de si quadros de toda a vida que está abandonando. O momento imediato a morte é de profunda sonolência e paz, é o êxtase devido a descida da energia espiritual.
   “O Jiva é a alma, é como uma onda de rádio que tem individualidade, enquanto que o Átma ,o Ser , o Espírito, é como uma energia elétrica que é universal. Nenhuma alma é possível sem o Atma, como nenhuma onda de rádio é possível sem a energia elétrica.”
Após a morte física , passamos depois pela segunda morte, quando perdemos o corpo astral. Após a passagem pela consciência mental,  fazemos uma encontro com a nossa luz , que é o repouso total,  a inatividade, até que uma força que se chama Tríchina nos faz retornar à nova atividade física.