sábado, 16 de março de 2013

A Escada de Jacó

Interpretação Rosa Cruz
de uma alegoria bíblica
   
Jacó, o neto de Abraão, teria nos deixado uma alegoria que nos fala dos vários passos que damos durante a trajetória da nossa evolução. Ele sonhou que via uma escada que, estando apoiada no chão, era tão alta que tocava o céu. Tal escada teria sete degraus. No alto dela, lá estava Jeová, o deus de Israel, convidando Jacó a subi-la. “Jacó entendeu que aquela escada era a porta para a “terra prometida”, entendendo-se a ” terra prometida” como o clímax da espiritualidade que o homem atingirá.
O Rosa Cruz nos apresentam os degraus da escada como se cada um deles estivesse relacionado com uma montanha que aparece em sete episódios históricos vividos pelo povo judeu. Melhor dizendo, a história judaica, desde o episódio de Noé até a chegada de Jesus, teria requerido dos povos judeus sete grandes esforços evolutivos, que todo homem tem que passar em sua existência.
    Os degraus corresponderiam aos montes Ararat, Moriá, Sinai, Tabor, Gólgota e Oliveiras.
    No primeiro degrau, depois de um dilúvio devastador, Noé, reuniu todos os seus bens e chegou ao monte Ararat, onde encontra refúgio. Dali soltou depois uma pomba que voltou com um ramo de oliveira no bico. Isto lhe revelava: As terras não estavam mais cobertas pelas águas, estavam lhe esperando para fazer um novo plantio. Também nós quando, por erros nossos passamos por problemas devastadores, recebemos de Deus uma nova oportunidade de recomeçarmos levando conosco os bens espirituais que já tenhamos conquistado.

    Depois, Abraão dirigiu-se ao monte Moriá. Neste episódio lhe era requerido por Jeová um sacrifício. Sacrificar num holocausto seu único filho Isaac. Ele o pôs então sobre o altar do sacrifício, mas, por sua grande Fé, Deus o poupou. Este é o degrau da fé em Deus, da certeza de que os nossos sacrifícios serão compensados.
    O terceiro degrau da escada evolutiva refere-se ao episódio de Moisés subindo o monte Sinai. Ali ele receberia o Decálogo, um código de leis. Ninguém se adianta se não tiver disciplina, da obediência.  Geralmente quando, falamos em obediência não sabemos o que é sermos obedientes aos princípios divinos. Como exemplo, poderíamos citar o que fazemos com um animal que tem demasiada energia, tem capacidade para correr em grande espaço. Então, desobedecendo as leis de seu corpo, o pomos numa jaula minúscula onde ficará cerceado de sua verdadeira natureza.
    No quarto degrau encontramos os judeus, após atravessarem o deserto, vindos de uma escravidão no Egito, chegando ao monte Carmelo. Ali encontraram verdadeiros e falsos profetas. Como distinguir os falsos? É o degrau dos conflitos íntimos entre as nossas duas vozes internas Ele são nossos verdadeiros e falsos profetas. É o degrau do discernimento. Como exemplo podemos citar a dificuldade que os estudantes esotéricos encontram em distinguir entre psiquismo  e espiritualidade.
    Só após passar o degrau do discernimento poderemos subir o monte Tabor. Ele é o monte da Transfiguração de Jesus. È o degrau do nascimento espiritual. Neste monte Jesus leva consegue representa a obediência aos princípios divinos, Tiago representa a valentia e João é o amor.
    Depois desta transfiguração, onde transcendeu todas as diferenças religiosas e culturais, o homem terá que subir o monte do Gólgota. É o calvário da sua solidão, da incompreensão por parte de todos que o cercam. Mesmo estando em meio a um grande grupo, se sentirá só. Terá que persistir em seu ideal sem ajuda. È o teste de sua persistência e a renúncia a reconhecimentos. Como exemplo, temos o caso de Jesus seus discípulos Pedro, Tiago e João. Para transportá-lo somos ajudados por 3 forças superiores simbolizadas nas características dos discípulos. Pedro subindo sozinho o Calvário, incompreendido e abandonado.
    Porém, o último degrau refere-se aos momentos de maior paz e felicidade que um homem pode atingir. É o momento da entrega total. É Jesus no Monte das Oliveiras, onde ele se abastecia na unidade com Deus.

O Três Logos e a Santíssima Trindade


    Para um espiritualista o início da Criação foi a Unidade. Um ponto que continha tudo
Uma criação feita em três momentos, em três fases distintas chamadas de “Logos”. Assim nasceu o que chamamos de Trindade.
   O primeiro Logos é o momento criativo. È a matéria virgem que contem tudo.  É a fonte de onde proviemos, a parte mais superior do nosso ser, é a nossa substância primordial. É enfim o nosso espírito. Neste primeiro momento o movimento, as Mônadas, as formas ainda não existiam.  Por isso quando eventualmente numa meditação alcançamos esta parte superior do nosso ser a chamamos de “O Grande Silêncio”. O Cristianismo chama esta nossa substância primordial de “Pai”.
 
Deus limitando-se a si mesmo para criar os três Logos.
 
   No segundo Logos, segundo momento da Criação, são criadas as Unidades de Consciência, a que chamamos “Mônadas” (que somos cada um de nós). Com elas, quando formos nos relacionar com o habitat que seria posteriormente criado para vivermos, poderemos chegar à Sabedoria, conhecer os mistérios divinos , todos os mistérios da Criação.  Aqui, já teremos que começar a distinguir a Consciência de nossa Mônada da nossa mente ( como explicarei mais adiante).
   Sendo a Mônada criada da substância primordial, do Pai, contem naturalmente todos os poderes latentes que a constituíam. Enfim, aqui temos explicada a frase: “Somos feitos à semelhança de Deus Pai criador”. O Cristianismo chama esta parte do nosso ser, o Segundo Logos, de “Filho”. A chamamos também de “Alma”.
   No Terceiro Logos, terceiro momento da Criação, surge então o universo formal, as formas que irão envolver as Mônadas, aquelas unidades de Consciência. Formas que passarão por um processo evolutivo através dos reinos minerais, vegetais e animais até as mônadas chegarem a ser envoltas numa forma humana. A Consciência da Mônada (que chamamos também de “Centelha Divina”) irá penetrar nossos corpos formais humanos, desde o chamado” Ponto Central de Nosso Ser”.
   Estas formas que envolvem as Mônadas, os seus corpos, obedecem também a grande energia da Trindade. Serão: físicos, emocionais e mentais. Vemos aqui então que a mente apenas percebe sensorialmente o habitat em que vive, não ultrapassa este limite. Não tem o percebimento dos mistérios da criação, não atinge à plena sabedoria como o pode fazer a Consciência da Mônada. Numa meditação fazemos então eventualmente o contato com nosso eu superior, através do Segundo Logos, da Consciência da nossa Alma, do Filho, tal como o disse Jesus: “Ninguém vai ao Pai a não ser através de Mim”. Referindo-se a ele mesmo como um representante do Filho, do Segundo Logos. Então, em meditação, jamais atingiremos o Pai através da mente, ao contrário, temos que ali transcender aos nossos três corpos inferiores, dos quais a mente é um deles.
   No momento do Terceiro Logos todo o universo formal manifestado é então criado. Por isso os espiritualistas costumam dizer que apesar dos cientistas dizerem que não acreditam em Deus, na medida em que  se dedicam a estudar o universo manifestado ,estão, sem o saber,estudando a Deus em seu terceiro aspecto: O universo formal.
   Esta grande força criativa da Trindade está também presente em nosso desenvolvimento social e religioso, tal como nos afirmou Hermes Trimegisto na antiguidade: “Assim como é acima assim é abaixo”. Caminhamos sempre sob a tutela desta força trina.
 
Pai, Filho e Espírito Santo; a Força Trina.
 
   A religião indiana busca o Pai. Com suas interiorizações nos trouxeram esta maravilha que é a meditação. No entanto, observamos que amiúde fazemos com ela um erro: A alienação, a desvalorização e o desligamento dos valores do plano físico em que vivemos.
 As religiões cristã, islâmica e judaica dedicam-se a energia do Segundo Logos, do Filho. Representam o relacionamento ético entre as mônadas. Seu erro é o grande rigor que às vezes requerem de seus adeptos, principalmente no que se refere a seus vestuários, participação em festas etc.
   As religiões de cunho egípcio, africanas, atuam com a força do Espírito Santo. O Terceiro Logos, a forma, a matéria, o externo. Então vemos predominar nelas a magia. Trazem-nos amuletos, oferendas, ervas etc. Naturalmente recursos que a natureza coloca a nosso dispor para nos auxiliar. Porém, seu grande perigo é achar que todos os nossos problemas podem ser resolvidos apenas pela magia, sem a preocupação da vigia de comportamento sobre nós mesmo, como nos pede o Segundo Logos.
   Observamos que os ciclos civilizatórios obedecem também à força da Trindade. Já passamos pelo ciclo do Pai (o Patriarcado), pelo ciclo do Filho e agora estamos no ciclo do Espírito Santo. Sendo este a representação da nossa parte formal, do feminino em nós, desta força que tenta exteriorizar tudo, seremos por ela levados a manifestar, a concretizar por fim as doutrinas, os ideais que nos foram deixados pelos representantes das religiões do Segundo logos.
   Não só a nossa civilização segue a força da Trindade, como também nosso sistema solar ilumina e dá a vida ao nosso mundo através das três cores básicas de seu prisma de luz: Azul, amarelo e vermelho.
Quando nós espiritualistas: Eu sou Luz! Minha Mônada é Luz!  Referimos-nos à força da Trindade nos atingindo através do prisma solar.
   A Trindade era um assunto muito estudado no Gnosticismo antigo. Para amenizar a atração que este estudo exercia nas pessoas, ou talvez por não querer interpretações errôneas sobre a figura de Jesus, a Igreja criou o dogma da Santíssima Trindade, que, em sendo dogma, não podia ser estudado sob pena de heresia. Assim tivemos por séculos este assunto posto de lado.
   No século XIX, a Cromoterapia foi rebuscar o que já havia sido estudado tanto na Gnose antiga como em outras escolas iniciáticas. Dedicou-se às propriedades destas três cores básicas, como elas atuam em nosso ser. Assim, desde então nos foi dito que a energia vinda de tais cores atinge nossas capacidades de ter Vontade, de adquirirmos Sabedoria e de termos Amor. Por esta razão é com estas cores, que representam nossas três principais capacidades, que trabalhamos em ritos e meditações espiritualistas.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ritual de Cura

Ritual do meu grupo de estudos esotéricos.


Sineta.      
Três respirações profundas.

   - Entramos conscientes no coração do fogo sagrado e ai permanecemos. Ele é o ponto central de nosso ser.(Visualizem a luz no coração.) Deus não está longe de nós mas dentro de nós.(pausa)

   Façamos a oração da Unidade.

   O’ grande força do Altíssimo , perante o altar da Tua Divindade viemos hoje trazer-te as melhores oferendas da nossa devoção. Que tudo quanto aqui dissermos, sentirmos  e pensarmos seja apenas para engrandecer o Teu santo nome, dar maior beleza e dignidade às tuas criaturas. Estais em nossos pensamentos e sabeis. Queremos hoje obter a tua energia de cura para aqueles que ao entrar no plano físico receberam o nome de : ------------------------------- Estai conosco o’ Altíssimo neste trabalho!   Em nome dos seres da cura mestres São Germain e Hilarion e o Buda da Medicina, consagramos esta chama aos anjos da energia curativa.

   Acendimento da vela :   Anjos da cura, enquanto a cera impura desta vela se derrete ao calor deste fogo ,assim sejam derretidas nos irmãos aqui citados todas as desarmonias quando neles brilhar a luz de seu fogo sagrado.
   Pensemos em uma luz violeta  saindo como uma grande energia do altar e preenchendo todo o nosso ambiente. Imaginem agora sobre este prédio um grande sino dourado .Este sino irá badalar sete vezes . Em cada badalada deixará cair sobre o prédio pétalas de violetas luminosas. Transpassarão paredes e virão cair aqui entre nós. Todo o chão aonde pisamos já está agora repleto de pétalas de violetas.

   Cada um de nós irá agora pensar no doente que quer abençoar. Agora o vemos recebendo do seio da mãe terra energia de vida , de ressurreição e de calor. O solo lhe está oferecendo prodigamente a luz violeta(pausa) Esta luz está queimando em seu registro etérico os germens do seu passado.  Todos aqui presentes continuem visualizando uma luz violeta cercando cada um dos irmãos aqui pensados. Todos os elétrons de seus corpos estão agora já iluminados e finalmente eles são seres abençoados pela luz violeta. Esta luz forma agora em seu redor uma grande pirâmide de luz violeta. Visualizamos agora o irmão ou irmã a quem queremos abençoar, dentro desta pirâmide Deixemos agora nossos irmãos confiantes dentro dela, onde está se processando uma alquimia divina.

   Agora façamos juntos um louvor os elementais dos corpos dos irmão citados.  Façamos também agora a oração aos anjos curadores.

   Magnetização das mãos:   Anjos de Ezequiel, anjos de Ezequiel, purificai ,purificai as minhas mãos!

   Magnetização das águas: Visualizem todos uma luz violeta saindo das minhas mãos.  _Magnetizai! Magnetizai estas águas com a força da curativa luz violeta!

   Distribuição da água: Tomai meus irmãos desta sagrada essência, que a graça dos anjos de Ezequiel esteja também conosco!

   Prece de Cáritas

   Purificação das mãos com óleo( mirra ou benjoin)

   Benção final: preparem-se par receber uma benção que não é a minha personalidade que vos dará mas apenas uma troca entre irmãos, uma troca entre a minha luz interna e a  vossa.

Benção:  - Eu vos abençôo com uma trindade de fé , de sabedoria e de amor. Aceitai esta benção de fé! Com ela eliminareis qualquer distância que existir entre vós e a vossa própria divindade! Aceitai esta benção de sabedoria. Com ela conhecereis as leis que regem os vossos corpos e o universo que habitais. Aceitai esta benção de amor! Com ela concretizareis o Cristo em vós que é o modelo da vossa perfeição Que o vosso deus interno expresse através da vossa forma a sua pureza ,sabedoria e paz.

   Final: Agradecemos as ascensionadas legiões de luz pela assistência que nos deram. Ajudai a cada uma de nós a ser sempre a presença da cura e do amor para toda vida que contatarmos com sentimentos pensamentos atos e palavras. Em nome de Deus estou encerrando este rito.

Caso se use a luz verde   A forma pensamento do sino sobre o edifício será trocado pela forma pensamento da lâmpada de Aladin.(símbolo do mestre Hilarion) Visualiza-se uma lâmpada de Aladin despejando forte luz verde dentro do ambiente.Todas as ocasiões  em que for citada a luz violeta se trocará pela luz verde.

Gunas - Qualidades da Matéria

    No hino de louvor à Brahma, Deus criador, existe um trecho  que diz:   “Brama está acima do pensamento e é livre das três Gunas.”  Então, no    Bhagavad Gitã, A  Canção do Senhor, Krishna explica a seu discípulo Arjuna: “As três Gunas são as três qualidades da matéria”. Entendemos então que as Gunas são energias que estão por trás de todos os nossos atos materiais, como agir, sentir querer, pensar. Estas três qualidades são chamadas em sânscrito de Thamas, Satwa e Rajas. Como as gunas pertencem ao plano de manifestação, Brahma em sua faceta de Imanifesto está muito acima delas, é livre delas. Tal como é dito no hino. Satwa designa equilíbrio, harmonia, ritmo. Rajas designa atividade , movimento,emoção ambição. Tamas designa inércia, resistência, inatividade e obscuridade. Estes três atributos vinculam Brahma à matéria. Satwa vincula Deus pelo amor ao conhecimento, ao saber à beleza, à arte. Raja vincula-O pelo desejo de agir, pelo apego à ação. Tamas vincula-O preguiça de mudar, pela rotina. Quando se vê a sabedoria, a contemplação ao belo,manifestado em alguém sabemos que é Satwa a Guna que a domina.Quando se vê obstinação, muita agitação, muito desejo, muita ambição, se percebe que Rajas é a Guna dominante.Quando em alguém há muita preguiça, muita inflexibilidade à mudanças de idéias, muita rotina , por certo é Tamas que a domina.  O fruto de uma ação que busca o belo, a sabedoria gera harmonia, paz. O fruto de uma ação levada pela emoção é a dor. O fruto da inércia, da preguiça, da inflexibilidade é a ignorância.
Krishna e seu discípulo Arjuna.
Brahma, porém, Deus criador, está além da matéria e de suas qualidades porque tem a sua face imanifesta. As Gunas são apenas a parte imanifesta da Divindade. Existe, porém uma outra forma de Brahma manifestar-se que não as Gunas. È através do grande mistério do Verbo encarnado, do Filho Divino, o Cristo. Krishna diz também a Arjuna no Bhagavad Gitã:” Todas as vezes que a humanidade quer regredir  Eu renasço no Verbo Divino”
 
    A Guna  em que trabalharemos em uma encarnação irá determinar também o grupo familiar em que nasceremos porque o genes familiar que recebermos nos dará a matéria genética com a sensibilidade nervosa, resistência física limitações etc, para trabalhá-la .As Gunas determinam nossa forma de agir. Duas pessoas poderão ter o mesmo pensamento e sentimento a respeito de algo mas terão formas diversas de os expressarem. Pessoas existem que ao se sentirem tristes se isolam, outras que procuram se ocupar ou agridem.
    Geralmente, a Fé que escolhemos depende das Gunas materiais que estamos trabalhando. A Guna Satwa gera a fé mais contemplativa, mais devocional, mais mística. À interessante notarmos o caso dos cientistas. Geralmente estão deslumbrados pela  complexidade da vida , pela beleza do universo, da complexidade biológica humana etc . Caso um cientista entrar par o campo religioso ele terá uma Fé muito devocional torna-se um ser contemplativo.  Rajas gera a Fé passional, o culto a heróis, líderes, santos, gurus, porque a pessoa de Rajas valoriza o agir. O Budismo Mahayana, que é o budismo ligado aos mestres é de início sempre uma Fé rajásica ,pelo culto ao guru. Somente quando fazemos um discipulado ,uma Iniciação, é que recebemos a energia de Satwa que nos arrasta para atingir a sabedoria.
O Cristianismo tem se mantido como uma Fé rajásica pois é muito passional Apesar de seu líder Jesus ser alguém ligado à Guna Satwa ,que corresponde na Trindade superior a sabedoria do plano búdico, seus seguidores seguem adorando a sua personalidade, o sacrifício d sua vida e muito pouco a sabedoria contida em suas mensagens crísticas.
 
A batalha entre o Bem e o Mal do Bhagavad Gita.
Tamas gera também a Fé voltada ao Xamanismo, à magias, amuletos etc. É nesta consciência que o homem desenvolve o poder, a vontade opostos da inércia. Sabemos que os seres iluminados  dirigentes da nossa evolução, trabalham as forças da Vontade, da Sabedoria e do Amor e suas respectivas Gunas materiais. Sendo também Chamados de Manús, Bodhisatwas e choans respectivamente. Então se no nossos raio egoico na nossa combinação de raios superiores tivermos como dominante a Vontade provavelmente nosso mestre pertencerá a linha dos Manús  que são os dirigentes da Guna Tamas , Contudo como precisamos desenvolver as três Gunas ( apesar de termos uma delas em predominância) , se numa encarnação estivermos desenvolvendo a Guna Satwa podemos estar orientados por uma ser da linha dos Bodhisatwas Exemplificando: podemos estar trabalhando na área da instrução ou da pesquisa (Guna Satwa) orientados por um mestre da linha dos Bodhisatwas,  mas meu raio egoico ser o da vontade  (Guna Tamas).Por isso temos sempre dois mestres. Um provisório, nos auxiliando numa encarnação, e outro que é aquele afim à nossa  Mônada e ao qual nos uniremos quando acharmos o papel que nos caberá na magna Obra.
A Guna mais difícil de nos libertarmos, mesmo quando estivermos num final de nossa evolução,, num final de nossa cadeia planetária é a Satwa pelo deslumbramento que nos causam as belezas do mundo manifestado.
 
    A vitalização destas três qualidades da matéria foi chamada de Quintessência  da Matéria. Os alquimistas medievais achavam que se pudessem manipular esta quintessência vitalizariam por mais tempo a matéria e chegariam à longevidade. Já a Cabala Judáica chama esta essência vitalizadora de Energia Yesôdica, ou apenas de Yesod. As qualidades materiais do nosso agir, sentir, pensar, nossas Gunas são conservadas no além morte pelo que chamamos de “átomos permanentes dos corpos inferiores.” que depois, unindo-se aos genes familiares, tornam possíveis as encarnações que farão evoluir o nosso Eu real, nosso Eu superior.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Os 7 Temperamentos do Homem


Temos na verdade três raios básicos Azul, amarelo e vermelho, que correspondem em energia à Vontade, a Sabedoria e o Amor respectivamente. Que corresponderiam também as 3 qualidades da matéria chamadas de Gunas (Tamas,Satwa e Rajas) e ainda as energias materiais de Inércia, Ritmo e Atividade.
 
 
    Eles agem em cada um de nós misturados da seguinte maneira: com um aspecto dominante, um secundário e outro terciário. Toda mônada tem então três consciências que variam em sete combinações. Então em nosso corpo superior eles agiriam assim determinando a nota chave do nosso raio monádico.V: Vontade- S: Sabedoria- A: Amor.

1_ V.S. A.---------- 2_ V. A. S------------3_S. V .A.----------
4_ A .V. S. ---------------5_A. S. V. ----------6_S. A. V.
 ------------7_V. S. A. (neste ultimo todos são dominantes.)

Na matéria eles se manifestariam assim, com inércia, ritmo e atividade:

1_I. R. A. ---------2_I. A. R. -------------3_R. I. A.----------
4_R. A. I-------------------5_A. R. I. -----------6_A. I. R.
-------------7_I. R. A. (neste último todos dominantes)       Nas Gunas, Tamas sempre corresponderá à Vontade, Satwa à Sabedoria e Rajas ao amor.

    No corpos superiores o aspecto Vontade está aderido ao átomo permanente Átmico do indivíduo.O aspecto Sabedoria está aderido ao átomo permanente Búdico.O aspecto Amor Atividade está aderido ao átomo permanente de Manas.Durante todo o processo evolutivo do indivíduo seu raio monádico ou egoico  permanece o mesmo.Porém, como temos que desenvolver todos os raios,em cada encarnação nossa desenvolvemos um dos sete raios, a este raio, desenvolvido em uma encarnação, damos o nome de raio encarnatório.Estes raios encarnatórios sendo trabalhados por cada indivíduo de maneira diferente, resultará em indivíduos absolutamente diversos,  de uma diversidade incontável, embora pertençam a apenas 7 temperamentos básicos.

Testemunhos dados por Jesus


   Cada uma de nossas civilizações contou com um mensageiro divino que são marcos das expansões de consciências que deverão ser experienciadas pela humanidade. Assim tivemos Krishna, Buda, Hermes, Zoroastro e outros.
   Fazem mais de dois mil anos que um iluminado se manifestou e em torno deste centro dinâmico de luz espiritual, tem gravitado o nosso mundo ocidental.
   Jesus veio dar testemunho da existência da nossa força interna que traz o nosso modelo de perfeição individual, o arquétipo de cada um de nós ao qual chamamos de Força crística ou Cristo interno.  Em outras palavras, todo sabe que possuímos uma força que nos conduz através de vivências, até a realização do papel individual designado para cada um de nós.
   Jesus veio dar testemunho desta força crística interna velada pela nossa forma.
  Cada iluminado tem uma maneira específica de transmitir seus ensinamentos. Jesus o fez como se estivesse teatralizando através da sua própria vida, a etapa para se chegar à plenitude desta força interna.
   Os arquivos esotéricos nos contam que na Antiguidade, o título de Cristus era atribuído a um iniciado dos grandes templos do Egito que houvesse externado plenamente esta força, o seu papel individual. Jesus recebeu este título, por isso entendemos porque este iluminado foi escolhido para dar testemunho dela.
   Falaremos hoje sobre os três primeiros testemunhos dados e vivenciados por Jesus e que seria então alertas para as etapas que nós necessitamos viver. É ele o momento de seu Nascimento, do seu Batismo e o de sua Transfiguração.
NASCIMENTO- No Nascimento, Jesus dá testemunho do nosso Cristo Interno Criança, quando vai começar o preparo dos seus corpos inferiores. Este é o momento de alerta para em criança sermos bem preparados por nossos pais e depois na adolescência até a maturidade, nós mesmos nos prepararmos para servir nossos companheiros de evolução, plano de servir que Ele próprio exemplificou como sendo a sua meta.
 
 
A força interna que veio exemplificar abrange todos os seres viventes.  Sejam minérios, vegetais, animais ou humanos para que todos indistintamente cheguem ao seu modelo de perfeição. Assim, na caverna, formação calcária muito comum na Palestina, em que Jesus manifestou o Cristo Criança, mostra toda a abrangência desta força. Lá estão as pedras da caverna simbolizando o reino mineral; o feno representando o reino vegetal; o boi e os carneiros representando os animais e o reino humano representado por José e Maria.
   Os iniciados sempre notaram que a vinda de todo grande iluminado é anunciada por um sinal. Sinal este a que não era dada muita relevância por muitos , mas que era intuído e entendido pelos iniciados como o indicativo para a chegada de uma revelação divina.Uma vez que  os membros dos grande templos iniciáticos contavam com uma consciência muito sensível e , pelos ensinamentos espirituais recebidos.
No Nascimento, três iniciados conhecidos na Cristandade por reis magos aparecem com relevância. Vejamos se podemos dar uma consistência histórica a estes personagens.
A região da Palestina era na época em termos de cultura, sem expressão alguma. Porém, existiam grandes centros culturais espalhados na Pérsia, Etiópia e Egito, de onde a tradição nos diz terem origem os nossos personagens. Esses centros culturais eram chamados Templos ou Escolas de Mistérios iniciáticos, pois juntavam à cultura também uma preparação no campo esotérico, iniciativo. Neles, se estudava matérias como geometria, matemática, filosofia e astronomia. Muitos homens passavam suas vidas nestas terras à bem de estudarem, pois estamos falando de uma época em que escolas e faculdades inexistiam em quase todas as cidades. Assim tivemos o grande Pitágoras estudando durante 20 anos em um destas escolas do Egito. Sendo a educação assim tão rara, aqueles que a tinham eram respeitados e acatados. Os que estudavam a difícil matéria de astronomia, considerada até mágica, levando-se em conta o pouco recurso de aparelhagem técnica para estudá-la, eram então chamados de magos.
   Os três reis magos bem poderiam ser estudiosos de astronomia e astrologia, guiando-se em seus caminhos nos desertos, pelas estrelas, como era costume. Estranhamos o fato de virem de tão longe para adorarem uma criança. Vemos nisso uma lenda, uma fantasia, mas esquecemos de que a espera da vinda de Messias, que trariam reformas à humanidade, era muito comum na tradição dos povos antigos. Naturalmente que a vinda de um Messias dentro daqueles templos escolas iniciáticos trazia referências, indicadores, que uma vez estudados poderiam ter se enquadrado ao menino que nascia naquela família humilde da Galileia. A adoração a um menino distante é perfeitamente compreensível para as tradições da época. Se fizermos um paralelo à tradição budista, sabemos que a vinda de um novo Bodhisatwa, conduz, ainda hoje,  budistas à localidades distantes do nascimento destes grandes seres, através de sinais indicadores.
   Quando os 3 magos encontraram o menino, traziam em mãos 3 presentes. Entender a simbologia destes presentes é enriquecedor para nós neste natal. Para os povos antigos, tão ligados à natureza, as plantas, os metais ,as resinas, simbolizavam sentimentos humanos. O ouro significava todo o esforço que um homem faz para sobreviver. Em resumo ,a nossa energia física. O incenso é resultante da queima de uma planta aromática que volatizando-se sobe aos céus. Hoje chamamos incenso à qualquer queima cheirosa , mas o incenso ,na verdade era uma  planta muito comum na zona do Mediterrâneo. Representava aos antigos as nossas energias emocionais que ao espalhar seu perfume beneficiava a todos. A mirra é uma goma resinosa , amarga, usada para mirrar, encolher materiais. Significava o encolhimento de todas as amarguras de nossos pensamentos, para que possamos crescer espiritualmente. Enfim, nossa energia mental purificada. Assim podemos imaginar que os três sábios iniciados ofereciam a quem acreditavam fosse o Messias da época, como oferenda, como presentes, o melhor de si: Seus corpos físico, emocional e mental purificados ,os colocando a serviço do Messias criança.

Cena do filme "Jesus, a História do Nascimento".
 
Contudo, o que os 3 iniciados viram como sinal no céu e que chamamos de “Estrela de Belém” é um mistério ainda devido a incerteza, dentro da pesquisa histórica ,quanto ao ano e data do nascimento de Jesus. Então, se tem procurado as conjunções de estrelas que aconteceram em sua época. Várias hipóteses foram levantadas até de que seria o planeta Halley que apareceu 11 anos antes do ano 1 cristão. Também, de uma conjunção de Júpiter, Saturno e Marte acontecendo seis anos antes. Então nada se sabe na verdade. O único fato  sabido é que 3 iniciados sairam de suas escolas seguindo um brilho anormal nos céu para irem em busca do messias prometido que estava nascendo. Porém, o que veio a vigorar como data fixa foi a visão mítica de seu nascimento. As escolas iniciáticas identificavam os grandes iluminados que representavam a 2º pessoa da Trindade, o Filho, o Verbo manifestado, com o sol, os chamavam de “ Sol Invictus” ( assim era chamado Jesus)  No hemisfério norte onde nasceram grandes heróis da espiritualidade como Mitra, Horus, Hércules, o dia da sua manifestação na matéria física era então simbolicamente relacionado ao surgimento do sol no ano. ,Isto é, no auge do solstício de inverno : À meia noite do dia 24 de dezembro.Nesta data, no céu aparecia o signo de Virgem, enquanto Virgo aparecia no horizonte, a estrela Sirio e o brilho de Orion estavam por perto.
   Também os povos pagãos celtas, para homenagear o seu deus solar Beltame, acendiam fogueiras nos Solstícios de inverno. Assim agiam outros pagãos adoradores do deus Sol.  Em 337 o papa Julio I datou oficialmente pela Igreja o dia 25 de dezembro como data do nascimento do Cristo. Aliás, esta foi a forma, o costume que a Igreja estabeleceu quando se estruturou. : Punha seus locais de cultos sobre locais de ritos pagãos e suas datas santas nos mesmos dias dos ritos sagrados dos pagãos. Ninguém sabe explicar isto, mas o fato é que deu certo, foi uma forma de acabar com o Paganismo.
Falemos agora sobre o segundo testemunho dado por Jesus: O BATISMO.
   Mesmo sendo um ser já livre de erros, emocionais e mentais, Jesus se sujeitou a um ritual de purificação. Matheus diz em seu evangelho que João Batista não queria batizá-lo (naturalmente percebendo que ele não necessitava de purificação ou que ele próprio não fosse digno de batizá-lo.), mas que Jesus fez questão de cumprir o simbolismo religioso. Adaptou-se ao requisito do ritual de purificação na água, conforme era o uso da época.
 
 
   O valor sagrado da água foi aceito por muitos povos da Antiguidade. Desde os tempos mitológicos, bem anteriores a Jesus, nos diz Homero que Tétis, a mãe de Aquiles, já o mergulhou numa fonte sagrada para torná-lo invulnerável a todos os males. O batismo pela água simboliza a consciência velha morrendo para depois renascer em outra purificada.
Após anos de preparo, Jesus, no batismo do Jordão, iniciou sua missão de servir como instrutor da humanidade. Segundo algum ocultista é justamente no momento do batismo que João Batista reconhece em Jesus, seu primo, o Messias esperado e que Jesus deixa que seus corpos de expressão sirvam de intermediários para a força do Cristo Cósmico Maitreya, que sempre estará com ele, Jesus, durante todo o seu trabalho itinerante de instrutor.
   Após o batismo, o viver de Jesus foi um doar-se inteiramente à sua missão. Sua instrução versando sempre sobre o amor e o compartilhar. No natal, comemora-se o compartilhar com os seus 12 discípulos , na ceia natalina, quando ele distribui o pão entre todos.
A TRANSFIGURAÇÂO - Ela é o testemunho dado aos discípulos, onde mostra a unificação entre nosso corpo e o Cristo Interno a que podemos chegar. Naquele momento, Jesus expressa o Cristo Interno em toda a sua transcendente beleza e expressa a personalidade humana transfigurada, liberta das limitações da forma, em sua faceta de beleza. No evangelho de Matheus, este relata: “O Seu rosto resplandeceu como o sol e suas vestes tornaram-se tão brancas como a luz”.
 
 
   No Bagavad Gitã indiano (A Canção do Senhor), Arjuna, discípulo de Krishna, pede para ver a face divina de Krishna.  Krishna deu-se então a conhecer e diz então Arjuna: “Se mil sois ao mesmo tempo brilhassem no firmamento, a luz deles haveria de empalidecer na presença da glória que aquele semblante irradiava em todas as direções”.
Na transfiguração,  Jesus dá o testemunho, como sempre através de sua própria vida, de que em nosso íntimo somos todos belos e perfeitos ,e também quando diz:” Tudo o que eu faço vós também podeis fazê-lo.”
A transfiguração é enfim a teatralização feita por Jesus para mostrar que aos termos dominados instintos emoções e pensamento, como ele o fez, nenhuma destas consciências inferiores serão mais obstáculos a expressão dessa nossa beleza interna.
Na transfiguração, os discípulos que já viam  em Jesus um mestre excepcional, viram ali  que uma força divina o conduzia.
Tendo Jesus dado testemunho do NASCIMENTO, quando o verbo divino se fez carne.Dado depois o testemunho do BATISMO ,simbolismo da necessidade de purificarmos nossos corpos de expressão e dado também aquele em que mostra a nossa beleza interna ,A TRANSFIGURAÇÃO ,mostrou assim Jesus o quanto estava capacitado à sua  missão de magnífico instrutor que foi.

sábado, 27 de outubro de 2012

A Cruz Hermética ou Rosa Mundi


    Um dos emblemas mais conhecidos da  Sociedade Rosa Cruz  é  a Cruz  Hermética. Ela nos traz símbolos importantes. Em seu total é a figura de uma grande cruz do Cristianismo que representa a entrada do homem no processo reencarnatório, na matéria, chamado de Crucificação. Simboliza o momento em que entramos em experiências de dualidades, representadas na cruz pelo braço vertical e horizontal. Em nossa entrada na matéria temos que harmonizar o antagonismo dos opostos. Entendendo-os como frio e calor, tristeza e alegria, ódio e amor e vários outros. No nosso cotidiano temos várias dualidades a serem discernidas Temos aquilo que chamamos de “os dois lados de uma moeda”. Adquirimos algo importante, por outro lado aumentamos nossa responsabilidade, a nossa chance de errar torna-se maior. Se alguém toma um cargo de poder, ele vai evidentemente ter momentos de homenagens, de satisfações, confortos maiores, porém a cobrança do mundo sobre sua pessoa será maior podendo lhe trazer sofrimentos. A intensidade de seu carma, que sendo a lei das ações e reações, se torna maior porque envolve maior energia aplicada. Caso cumpra bem este momento fará o equilíbrio entre satisfações e sofrimentos. Quando alguém adquire conhecimentos, sua responsabilidade perante as leis evolutivas é maior que a do ignorante. Ainda, numa situação lastimosa sempre se perde algo, ou seja dinheiro, ou horas de sono, ou até perda de entes queridos, mas também se pode ganhar algo para o nosso evoluir, seja paciência, entendimento, persistência etc. Caso consiga  passar bem por tudo isto terá feito o equilíbrio entre perdas e ganhos.


Na Cruz Hermética encontramos as quatro consciências que estruturam o homem durante suas encarnações: a mental, a emocional, a física e a molecular.

Como parte central desta Cruz estão outros elementos presentes no nosso existir. Bem em seu centro está o ponto da Unidade de onde tudo partiu.

Podemos considerar este ponto como a Mônada individual, Deus em nós como origem de tudo o que somos. Depois temos formando com ele uma rosa de cinco pétalas. Representa nossos 5 sentidos. Através deles estabelecemos contato com o mundo externo em que viveremos. As percepções que temos dele são enviadas à nossa parte emocional e depois a mental para que estabeleçamos conceitos. Caso as percepções que temos do que nos rodeia não forem muito profundas, os nossos conceitos sairão também errados. Depois vemos ali as quatro direções do espaço a que temos de estar ligados São os quatro pontos cardiais. A nossa percepção do mundo material não pode ser unilateral. Com o adiantamento do processo civilizatório precisamos ter ideia do que se passa nos quatro cantos do mundo. Se alguém vive num ambiente bonito, pacífico, fértil e não sabe que do outro lado existe a guerra, a aridez, e a miséria então a nossa percepção sobre o viver da humanidade e o nosso amor por ela estará prejudicado.

Encontramos depois os círculos que rodeiam a rosa interna. O 1º círculo está dividido em três partes. Representa o mundo superior e nos revelam as três forças da Trindade: Vontade, Sabedoria e Amor.  No 2° círculo está o mundo intermediário. Nele estão os sete planetas sagrados: Sol, lua, marte, mercúrio, Vênus, júpiter e saturno. No último círculo estão os 12 signos zodiacais que indicam nossas tendências no momento de nosso nascimento, nosso mapa natal. Este três círculos juntos, Trindade, Planetas e Signos, exibem neles as 22 letras do alfabeto hebraico, ou os 22 caminhos da Cabala. Este caminhos são os atalhos que escolhemos trilhar para concretizarmos dez potências que são os dez sephiroth cabalísticos.

Na parte molecular vemos o pentagrama, isto é, a estrela de cinco pontas o uso mais antigo do pentagramas data de 3.500 AC que foi descoberto pela Arqueologia em cerâmicas da Mesopotâmia. Celtas, egípcios, gnósticos e antigos cristãos adoravam este símbolo para eliminar o mal. Era usado em curas. Já os gregos da Academia de Pitágoras o usavam como emblema de perfeição.  O ilustravam no homem perfeito; nas pernas abertas, os pés estão pisando objetivamente a terra a cabeça volta-se para o alto, para o transcendente e seus braços abertos abençoam a humanidade. Como símbolo do homem perfeito sua forma é traçada com uma única  linha Esta linha representa  a trajetória da nossa evolução. Parte-se do ponto 1 (parte espiritual), vai-se ao ponto 2 abaixo (forma embrionária), Subimos a lateral direita nº3 (1º plano da existência) nascimento do emocional. Depois vamos  a lateral esquerda n°4 (2° plano da existência) nascimento do mental, Seguimos com a linha para baixo novamente ao n° 5 (plano da purificação) por fim retornamos ao número 1 retornando ao espírito.
    Na magia negra costuma-se usar  o pentagrama invertido que é o símbolo do espírito sujeito à matéria, o homem sujeito aos instintos.

    Na Arquitetura templária haviam alinhamentos formando pentagramas  geomânticos onde eram construídos santuários  e capelas. Porém, durante o período da Inquisição  o Pentagrama foi visto como símbolo do demônio por serem usados por grupos perseguidos como heréticos, como os templários. Começou então a ser chamado de “A estrela do Diabo”, a ser relacionado com a magia negra.

Ao lado do pentagrama estão os símbolos dos quatro elementos da natureza e que estruturam o nosso corpo físico: água, terra, ar ,e fogo. Acima do pentagrama encontra-se o símbolo da 5° essência  ou o 5º elemento que é na Cabala o éter Yesódico, a quinta essência da matéria. É a parte vital da matéria , o corpo etérico.


Na ponta da parte molecular, estão os símbolos alquímicos manipulados na Alquimia: Enxofre, Mercúrio e Sal. O enxofre era chamado em latim Sulfor. Era o elemento ígneo, chamado” Fogo Criador”. Seria a alma do universo que deseja manifestar-se mas necessita dos outros dois elementos para a sua expressão. A operação alquímica enxofre sobre mercúrio seria o próprio elixir da longevidade e imortalidade. O enxofre não foi usado só em Alquimia, mas também nos ritos de magia negra, nos sabaths  medievais, onde o seu cheiro tão forte era aproveitado para evocar seres satânicos. O mercúrio é a matéria volátil, com sua mobilidade expandia no universo a potência criadora do enxofre. Ao gregos personalizavam a força deste elemento em seu deus mercúrio que tem asas nos pés, isto é, se difundia por toda parte. Era o mensageiro dos deuses. O sal fez a matéria primordial se agregar, é o grande mantenedor da forma. O sal, dissolvido no oceano, simbolizava o homem que embora inserido num infinito oceano cósmico do Absoluto pode ser isolado, separado como uma individualidade.

    Os três elementos enxofre, mercúrio e sal foram também chamados de “elementos filosóficos” posto que correspondiam na Alquimia à doutrina pela qual  o homem é visto como um ser trino onde Criação (enxofre), Expansão(mercúrio), e Manutenção (Sal) totalizam o seu ciclo evolutivo. Para visualizarmos melhor o papel dos 3 elementos imaginemos que queimemos  o corpo de um pássaro  que morreu. O enxofre seria o fogo, o mercúrio seria a fumaça volátil saída da queima, e o sal seria a cinza. A cinza é eterna. O sal como a cinza preserva  a primitiva autenticidade, a verdade original de algo. Lembremos Jesus dizendo a seus discípulos: “vós sois o sal da terra”, isto é, cabia a eles preservar a verdade, a autenticidade da sua doutrina. Quando em rituais de magias é  jogado sal em braseiros, se quer afastar qualquer coisa que possa perturbar a ideia original do culto, preservar a sua característica.

    Esta parte molecular está na Cruz Hermética dividida em 4 partes coloridas que levam as cores do mundo material da esfera de malkuth na Cabala: Amarelo, oliva, castanho e preto

    Observando o plano físico encontramos nele a Estrela de Davi também chamado Símbolo de Salomão. É composto por 2 triângulos entrelaçados. Um é o triângulo, da individualidade, outro o da personalidade. É um símbolo judaico e propagou-se na idade média como um amuleto muito benéfico, pois representa o equilíbrio do material (o triângulo de vértice para baixo) com o espiritual (o triângulo de vértice para cima). Ele é rodeado pela representação dos planetas sagrados. Todas as pontas da cruz repetem a ponta da molecular.

Aparece ainda na cruz as letras I.n.R.I.   Nos conta a tradição cristã que por deboche soldados romanos pregaram sobre a cruz do Cristo” Jesus nazareno rei dos judeus “. Já os rosacruzianos nos dizem que a sigla I.N.R.I. que vem da frase latina: Ignie Nitrium Roris Inventur que significa: Por meio do fogo se descobre o nitro do rocio ou ainda: A natureza é completamente renovada pelo fogo.